{"id":88678,"date":"2012-11-06T00:01:46","date_gmt":"2012-11-06T02:01:46","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=88678"},"modified":"2012-11-05T22:03:26","modified_gmt":"2012-11-06T00:03:26","slug":"brasileiros-levam-projetos-de-desenvolvimento-sustentavel-a-mocambique","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2012\/11\/06\/88678-brasileiros-levam-projetos-de-desenvolvimento-sustentavel-a-mocambique.html","title":{"rendered":"Brasileiros levam projetos de desenvolvimento sustent\u00e1vel a Mo\u00e7ambique"},"content":{"rendered":"

Alunos do curso de mestrado em pr\u00e1ticas em desenvolvimento sustent\u00e1vel da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) partem nesta ter\u00e7a-feira (6) para a Regi\u00e3o Norte de Mo\u00e7ambique, onde passar\u00e3o duas semanas pondo em pr\u00e1tica o que aprenderam na p\u00f3s-gradua\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

Eles integram a primeira turma do curso no Brasil. O curso foi criado no ano passado dentro da Associa\u00e7\u00e3o Internacional de Mestrados em Pr\u00e1ticas em Desenvolvimento Sustent\u00e1vel (GlobalMDP), que conta com 22 institui\u00e7\u00f5es em todo o mundo.<\/p>\n

O coordenador do curso na UFRRJ, professor Rodrigo Medeiros, disse que a ideia da forma\u00e7\u00e3o espec\u00edfica surgiu em 2008, quando a Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU) reuniu especialistas para debater a quest\u00e3o e chegou \u00e0 conclus\u00e3o de que faltavam no mundo profissionais capacitados para lidar com os desafios do desenvolvimento sustent\u00e1vel.<\/p>\n

Segundo Medeiros, a Comiss\u00e3o Internacional Sobre o Ensino para a Pr\u00e1tica do Desenvolvimento Sustent\u00e1vel, da ONU, concluiu em 2008 que boa parte dos problemas de hoje, como pobreza extrema, mis\u00e9ria, endemias, defici\u00eancias na \u00e1rea de sa\u00fade e desigualdade de g\u00eaneros, \u00e9 causada pela falta de profissionais com forma\u00e7\u00e3o integrada, capazes de propor solu\u00e7\u00f5es ou gerenciar projetos inovadores e mais eficientes para resolver os problemas de desenvolvimento \u2013 \u201ctoda uma agenda de desenvolvimento que avan\u00e7ou muito pouco nos \u00faltimos 50 anos em todo o mundo.\u201d<\/p>\n

Medeiros lembrou que, por recomenda\u00e7\u00e3o da comiss\u00e3o, no ano seguinte, foi criado o GlobalMDP, para repensar o processo de forma\u00e7\u00e3o de profissionais com voca\u00e7\u00e3o para o desenvolvimento sustent\u00e1vel. A mobiliza\u00e7\u00e3o foi coordenada pela Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, com financiamento da Funda\u00e7\u00e3o McArthur.<\/p>\n

O programa do curso \u00e9 o mesmo em toda a rede e recebe profissionais das mais diversas forma\u00e7\u00f5es, j\u00e1 que o problema de desenvolvimento n\u00e3o envolve apenas um ramo do conhecimento, disse o professor. \u201cA motiva\u00e7\u00e3o principal [do profissional] \u00e9 trabalhar e estar a servi\u00e7o da agenda de desenvolvimento. E a\u00ed o pr\u00f3prio programa vai trabalhar os conte\u00fados das \u00e1reas tem\u00e1ticas.\u201d<\/p>\n

Quando o aluno entra, explicou Medeiros, recebe forma\u00e7\u00e3o nas \u00e1reas de ci\u00eancias humanas e ambientais, de engenharia, de sa\u00fade e de instrumentos e ferramentas para gest\u00e3o. \u201cO objetivo \u00e9 permitir que quem trabalha para essa agenda de desenvolvimento seja capaz de articular com profissionais de diferentes \u00e1reas de saber para propor projetos e solu\u00e7\u00f5es que sejam adequadas aos problemas de desenvolvimento de cada regi\u00e3o\u201d.<\/p>\n

Um dos principais componentes deste mestrado \u00e9 o treinamento de campo, dividido em tr\u00eas m\u00f3dulos, onde os alunos colocam em pr\u00e1tica o que aprenderam em sala de aula. A primeira parte foi desenvolvida na Regi\u00e3o Serrana do Rio, com comunidades que vivem em \u00e1reas de risco para problemas clim\u00e1ticos.<\/p>\n

O segundo foi na Amaz\u00f4nia, com comunidades extrativistas e ribeirinhas no Amap\u00e1. \u201cE o terceiro m\u00f3dulo, que \u00e9 internacional, ser\u00e1 na Regi\u00e3o Norte do Mo\u00e7ambique, a mais populosa e tamb\u00e9m a mais pobre daquele pa\u00eds, para desenvolver projetos adequados a uma realidade totalmente diferente da brasileira.\u201d<\/p>\n

Em parceria com a Universidade de L\u00fario (Unilurio), de Mo\u00e7ambique, os 17 brasileiros v\u00e3o implementar projetos j\u00e1 iniciados na regi\u00e3o de Niassa, como a an\u00e1lise do sistema de produ\u00e7\u00e3o da agricultura familiar dessas comunidades, para o aperfei\u00e7oamento das t\u00e9cnicas e o desenvolvimento do turismo, ainda pouco explorado no local. Depois das duas semanas, os estudantes voltam para o Brasil, onde concluem as an\u00e1lises e enviam o relat\u00f3rio para ser usado pelas comunidades.<\/p>\n

Depois de concluir o mestrado, os profissionais ser\u00e3o monitorados durante cinco anos, para verificar o impacto que o curso ter\u00e1 na carreira deles. \u201cA expectativa \u00e9 devolver estes profissionais ao mercado e que eles sejam os agentes da mudan\u00e7a em suas institui\u00e7\u00f5es, para acelerar a revers\u00e3o de indicadores que est\u00e3o muito ruins em v\u00e1rias partes do mundo, inclusive no Brasil.\u201d<\/p>\n

O edital para o mestrado em pr\u00e1ticas em desenvolvimento sustent\u00e1vel da UFRRJ \u00e9 lan\u00e7ado em mar\u00e7o e as aulas come\u00e7am em agosto, como no calend\u00e1rio escolar do Hemisf\u00e9rio Norte. Mais informa\u00e7\u00f5es sobre a Associa\u00e7\u00e3o Internacional de Mestrados em Pr\u00e1ticas em Desenvolvimento Sustent\u00e1vel est\u00e3o dispon\u00edveis no site www.globalmdp.org. (Fonte: Akemi Nitahara\/ Ag\u00eancia Brasil)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

O coordenador do curso na UFRRJ, professor Rodrigo Medeiros, disse que a ideia da forma\u00e7\u00e3o espec\u00edfica surgiu em 2008, quando a ONU reuniu especialistas para debater a quest\u00e3o e chegou \u00e0 conclus\u00e3o de que faltavam no mundo profissionais capacitados para lidar com os desafios do desenvolvimento sustent\u00e1vel. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[64],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/88678"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=88678"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/88678\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=88678"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=88678"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=88678"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}