{"id":89273,"date":"2012-11-27T00:00:15","date_gmt":"2012-11-27T02:00:15","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=89273"},"modified":"2012-11-26T20:59:54","modified_gmt":"2012-11-26T22:59:54","slug":"parceria-evita-colisoes-entre-barcacas-e-baleias-na-regiao-de-abrolhos","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2012\/11\/27\/89273-parceria-evita-colisoes-entre-barcacas-e-baleias-na-regiao-de-abrolhos.html","title":{"rendered":"Parceria evita colis\u00f5es entre barca\u00e7as e baleias na regi\u00e3o de Abrolhos"},"content":{"rendered":"

Uma parceria entre bi\u00f3logos, ambientalistas e a iniciativa privada est\u00e1 ajudando a evitar uma modalidade especialmente calamitosa de acidente de tr\u00e2nsito: trombadas entre baleias e barcos na regi\u00e3o de Abrolhos, entre a Bahia e o Esp\u00edrito Santo.<\/p>\n

Criar um bom sistema de “sem\u00e1foros” marinhos \u00e9 crucial para esse peda\u00e7o da costa brasileira porque ele combina elementos que aumentam o risco de colis\u00f5es.<\/p>\n

Por um lado, Abrolhos e adjac\u00eancias concentram cerca de 90% das 11 mil baleias-jubartes que passam pelo Brasil todos os anos. Esses cet\u00e1ceos, lentos e de h\u00e1bitos costeiros, s\u00e3o a segunda esp\u00e9cie mais atropelada de baleia (s\u00f3 “perdem” para as baleias-francas).<\/p>\n

Por outro lado, a regi\u00e3o abriga um movimentado tr\u00e1fego de barca\u00e7as carregando toras de madeira e celulose oriundas das florestas de eucalipto da regi\u00e3o – tr\u00e2nsito que ganhou porte com a instala\u00e7\u00e3o de um terminal de transporte mar\u00edtimo em Caravelas (BA) no come\u00e7o da d\u00e9cada passada.<\/p>\n

Deixada ao deus-dar\u00e1, a situa\u00e7\u00e3o degringolaria em consider\u00e1vel contagem de corpos de jubartes – e preju\u00edzos para as empresas de madeira.<\/p>\n

Por isso mesmo, o monitoramento das rotas das baleias na regi\u00e3o foi uma das condicionantes ambientais impostas pelo governo para a cria\u00e7\u00e3o do terminal de Caravelas, afirma M\u00e1rcia Engel, bi\u00f3loga do Instituto Baleia Jubarte.<\/p>\n

“Fizemos levantamentos a\u00e9reos e cruzeiros de pesquisa para estudar essas \u00e1reas de concentra\u00e7\u00e3o das jubartes e estabelecer rotas com menor densidade de animais.”<\/p>\n

O trabalho foi feito com apoio da Fibria, empresa de celulose que pretendia transportar madeira de Caravelas e Belmonte (BA) para Aracruz (ES) – no segundo caso, em “joint venture” com outra empresa, a Stora Enso.<\/p>\n

A equipe do Instituto Baleia Jubarte mostrou que era poss\u00edvel evitar encontros tr\u00e1gicos com os cet\u00e1ceos no trajeto de 275 km, desde que as barca\u00e7as mantivessem rotas n\u00e3o muito coladas \u00e0 costa, regi\u00e3o preferida pelos bichos.<\/p>\n

Ao que tudo indica, a estrat\u00e9gia tem dado certo. Dez anos depois do estabelecimento do terminal de Caravelas, n\u00e3o h\u00e1 evid\u00eancia de choque com as barca\u00e7as.<\/p>\n

E n\u00e3o \u00e9 que atropelamentos do tipo n\u00e3o tenham ocorrido na regi\u00e3o, lembra Engel. No mesmo per\u00edodo, houve ao menos tr\u00eas colis\u00f5es, uma delas envolvendo um catamar\u00e3 que fazia a rota entre Salvador e Morro de S\u00e3o Paulo.<\/p>\n

Perto de Itaparica, tripula\u00e7\u00e3o e passageiros sentiram uma pancada. Ao olhar para tr\u00e1s, “o pessoal viu uma baleia e uma grande mancha de sangue na \u00e1gua”, diz a bi\u00f3loga. Provavelmente era uma jubarte, embora a identifica\u00e7\u00e3o da esp\u00e9cie n\u00e3o tenha sido feita. O navio afundou.<\/p>\n

Outra preocupa\u00e7\u00e3o ligada ao estabelecimento de um porto numa \u00e1rea de reprodu\u00e7\u00e3o de baleias \u00e9 o barulho.<\/p>\n

Os sons emitidos pelas jubartes s\u00e3o importantes para o acasalamento e o cuidado com as crias. O temor \u00e9 que o barulho causado pelo tr\u00e1fego mar\u00edtimo atrapalhe a comunica\u00e7\u00e3o entre os animais.<\/p>\n

Por enquanto, n\u00e3o h\u00e1 evid\u00eancias de que isso esteja acontecendo em Abrolhos, diz Engel, apesar dos 5 milh\u00f5es de metros c\u00fabicos de madeira transportados ali entre 2010 e este ano.<\/p>\n

Um dado mais preocupante tem vindo da popula\u00e7\u00e3o de botos-cinza do estu\u00e1rio do rio Caravelas. Com cerca de cem indiv\u00edduos, esse grupo parece estar se reduzindo. Ainda n\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel saber se isso \u00e9 um impacto do tr\u00e1fego. (Fonte: Reinaldo Jos\u00e9 Lopes\/ Folha.com)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Criar um bom sistema de “sem\u00e1foros” marinhos \u00e9 crucial para esse peda\u00e7o da costa brasileira porque ele combina elementos que aumentam o risco de colis\u00f5es. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[123],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/89273"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=89273"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/89273\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=89273"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=89273"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=89273"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}