{"id":89291,"date":"2012-11-28T00:00:25","date_gmt":"2012-11-28T02:00:25","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=89291"},"modified":"2012-11-27T19:53:45","modified_gmt":"2012-11-27T21:53:45","slug":"pesquisa-liga-autismo-a-poluicao-atmosferica","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2012\/11\/28\/89291-pesquisa-liga-autismo-a-poluicao-atmosferica.html","title":{"rendered":"Pesquisa liga autismo \u00e0 polui\u00e7\u00e3o atmosf\u00e9rica"},"content":{"rendered":"
Uma pesquisa realizada na Calif\u00f3rnia, Estados Unidos, sugere que o autismo est\u00e1 ligado \u00e0 polui\u00e7\u00e3o gerada por ve\u00edculos.<\/p>\n
O estudo envolveu mais de 500 crian\u00e7as e as descobertas foram apresentadas na revista especializada ‘Archives of General Psychiatry’.<\/p>\n
Os pesquisadores da Universidade do Sul da Calif\u00f3rnia usaram dados da Ag\u00eancia de Prote\u00e7\u00e3o Ambiental dos Estados Unidos para calcular os n\u00edveis de polui\u00e7\u00e3o registrados nos endere\u00e7os escolhidos para participar da pesquisa.<\/p>\n
Os dados foram usados para comparar a exposi\u00e7\u00e3o \u00e0 polui\u00e7\u00e3o no \u00fatero e durante o primeiro ano de vida. Foram analisadas 279 crian\u00e7as com autismo e 245 crian\u00e7as sem o problema.<\/p>\n
De acordo com os cientistas, as crian\u00e7as que viviam nas casas expostas \u00e0 uma quantidade maior de polui\u00e7\u00e3o ‘tinham tr\u00eas vezes mais chances de ter autismo, comparadas \u00e0s crian\u00e7as que moravam em casas com n\u00edveis mais baixos de exposi\u00e7\u00e3o’ \u00e0 polui\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
Os pesquisadores da Calif\u00f3rnia alertam que esta constata\u00e7\u00e3o pode ter implica\u00e7\u00f5es mais amplas, pois a polui\u00e7\u00e3o do ar \u00e9 ‘comum e pode ter efeitos neurol\u00f3gicos duradouros’.<\/p>\n
Outras variantes<\/strong> – Outros pesquisadores questionaram como a polui\u00e7\u00e3o pode alterar o desenvolvimento do c\u00e9rebro de uma crian\u00e7a e levar ao autismo.<\/p>\n ‘Me parece muito improv\u00e1vel que a associa\u00e7\u00e3o (entre polui\u00e7\u00e3o do ar e autismo) seja causal’, afirmou Uta Frith, professora de desenvolvimento cognitivo do University College de Londres.<\/p>\n Para a professora, o estudo californiano n\u00e3o ‘nos fez avan\u00e7ar em nada, pois n\u00e3o apresenta um mecanismo convincente pelo qual os poluentes podem afetar o desenvolvimento do c\u00e9rebro para resultar em autismo’.<\/p>\n Um dos problemas com estudos deste tipo \u00e9 que \u00e9 dif\u00edcil analisar todos os aspectos da vida de uma pessoa que podem afetar a probabilidade de desenvolver autismo, como o hist\u00f3rico familiar, por exemplo.<\/p>\n Isso significa que o estudo n\u00e3o pode afirmar que o autismo \u00e9 causado por polui\u00e7\u00e3o gerada por ve\u00edculos, apenas que pode haver uma liga\u00e7\u00e3o entre as duas coisas.<\/p>\n Mas, para Sophia Xiang Sun, do centro de pesquisas em autismo da Universidade de Cambridge, diminuir a polui\u00e7\u00e3o seria uma boa ideia.<\/p>\n ‘Sabemos que a polui\u00e7\u00e3o do ar relacionada ao tr\u00e2nsito de ve\u00edculos pode contribuir com muitas outras doen\u00e7as e \u00e9 biologicamente plaus\u00edvel que tamb\u00e9m tenha um papel no desenvolvimento do autismo’, afirmou.<\/p>\n ‘No entanto, existindo ou n\u00e3o uma associa\u00e7\u00e3o potencial entre autismo e polui\u00e7\u00e3o do ar, a redu\u00e7\u00e3o desta polui\u00e7\u00e3o relacionada ao tr\u00e2nsito seria boa para a sa\u00fade p\u00fablica’, acrescentou. (Fonte: G1)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"