Astr\u00f4nomos utilizaram o telesc\u00f3pio Hobby-Eberly (HET, na sigla em ingl\u00eas), no Texas (EUA), para descobrir a massa do que pode ser o buraco negro mais massivo j\u00e1 conhecido – com 17 bilh\u00f5es de vezes a massa do Sol. A descoberta foi divulgada nesta quarta-feira na revista especializada Nature.<\/p>\n
O “monstro” fica na gal\u00e1xia NGC 1277, a 220 milh\u00f5es de anos-luz da Terra, e \u00e9 respons\u00e1vel pelo equivalente a 17% da massa dela. Esta gal\u00e1xia e outras observadas podem mudar as teorias sobre a forma\u00e7\u00e3o de buracos negros e a influ\u00eancia em suas gal\u00e1xias, afirmam os cientistas. NGC 1277 tem apenas 10% da massa da Via L\u00e1ctea, o que deixa o achado ainda mais estranho.<\/p>\n
“\u00c9 realmente uma gal\u00e1xia exc\u00eantrica”, diz Karl Gebhardt, da Universidade do Texas em Austin. “\u00c9 praticamente toda buraco negro. Este pode ser o primeiro objeto em uma nova classe de sistemas gal\u00e1xias-buracos negros”. O tamanho do gigantesco buraco negro \u00e9 o equivalente a 11 vezes o di\u00e2metro da \u00f3rbita de Netuno – o \u00faltimo planeta do Sistema Solar – ao redor do Sol.<\/p>\n
“Atualmente, existem tr\u00eas (teorias de) mecanismos completamente diferentes que reivindicam a explica\u00e7\u00e3o para a liga\u00e7\u00e3o entre a massa de buraco negro e as propriedades de suas gal\u00e1xias hospedeiras. N\u00f3s n\u00e3o entendemos ainda qual dessas teorias \u00e9 melhor”, diz Remco van den Bosch, l\u00edder do estudo, que come\u00e7ou o estudo na universidade americana e atualmente est\u00e1 no Instituto Max Planck de Astronomia, em Heidelberg, na Alemanha.<\/p>\n
O maior problema \u00e9 a falta de dados, j\u00e1 que se conhece a massa de menos de 100 buracos negros – e descobri-las \u00e9 uma tarefa dif\u00edcil, pois \u00e9 necess\u00e1rio muito tempo para se fazer as observa\u00e7\u00f5es.<\/p>\n
Para descobrir a massa do buraco negro de NGC 1277, os astr\u00f4nomos utilizaram observa\u00e7\u00f5es anteriores do Hubble, que mediu a luminosidade a diferentes dist\u00e2ncias de seu centro, com novas feitas pelo HET. Ao colocar os dados em modelos atrav\u00e9s de supercomputadores, o resultado foi 17 bilh\u00f5es de massas solares, muito mais que o esperado. (Fonte: Portal Terra)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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