O embargo russo \u00e0s exporta\u00e7\u00f5es de carne de tr\u00eas estados brasileiros, que j\u00e1 durava um ano e cinco meses, foi suspenso. A informa\u00e7\u00e3o foi divulgada somente na quarta-feira (28) pelo Minist\u00e9rio da Agricultura, Pecu\u00e1ria e Abastecimento (Mapa), embora a R\u00fassia tenha comunicado a decis\u00e3o ao embaixador do Brasil em Moscou na \u00faltima sexta-feira (23).<\/p>\n
Apesar do fim do embargo, ainda n\u00e3o h\u00e1 previs\u00e3o de quando ser\u00e3o retomadas as vendas de Mato Grosso, do Paran\u00e1 e Rio Grande do Sul para o pa\u00eds europeu. Isso depender\u00e1, segundo o Mapa, da celeridade de adapta\u00e7\u00e3o das empresas exportadoras \u00e0s regras impostas pelos russos. Tamb\u00e9m restariam alguns frigor\u00edficos em outros estados sob embargo da R\u00fassia.<\/p>\n
De acordo com o secret\u00e1rio de Defesa Agropecu\u00e1ria do Mapa, \u00canio Marques Pereira, para que houvesse a retomada do com\u00e9rcio, o Brasil optou por se submeter \u00e0s exig\u00eancias do pa\u00eds. Entre elas, est\u00e1 a exig\u00eancia de que as carnes exportadas \u2013 tanto a bovina quanto a su\u00edna e de aves – n\u00e3o tenham horm\u00f4nio promotor de crescimento, a ser atestado por um laudo de laborat\u00f3rio.<\/p>\n
A mesma exig\u00eancia j\u00e1 \u00e9 feita pelos pa\u00edses da Uni\u00e3o Europeia. \u201cO com\u00e9rcio com a R\u00fassia j\u00e1 tem em torno de 15 anos. Nestes \u00faltimos dois anos, as exig\u00eancias passaram a um limite que tivemos muita dificuldade de atender\u201d, disse o secret\u00e1rio.<\/p>\n
Desde o in\u00edcio do embargo, em junho do ano passado, foram realizados mais de dez encontros com autoridades russas na tentativa de solucionar o impasse. Al\u00e9m do Minist\u00e9rio da Agricultura, o Minist\u00e9rio das Rela\u00e7\u00f5es Exteriores tomou parte nas discuss\u00f5es. <\/p>\n
Segundo dados do Mapa, as exporta\u00e7\u00f5es brasileiras de carne mantiveram-se est\u00e1veis. De janeiro a outubro deste ano, somaram US$ 12,981 milh\u00f5es. Nos mesmos meses de 2011, ficaram em US$ 12,965 milh\u00f5es.<\/p>\n
De acordo com C\u00e9lio Porto, secret\u00e1rio de Rela\u00e7\u00f5es Internacionais do Agroneg\u00f3cio, o embargo causou preju\u00edzo principalmente ao mercado interno dos estados onde houve veto \u00e0 exporta\u00e7\u00e3o. Ele afirmou ainda que a suinocultura foi a mais prejudicada, pois 50% das exporta\u00e7\u00f5es de su\u00ednos partindo do Brasil s\u00e3o destinados \u00e0 R\u00fassia. (Fonte: Mariana Branco\/ Ag\u00eancia Brasil)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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