A maioria (85%) dos brasileiros que ainda n\u00e3o conta com coleta seletiva estaria disposta a separar o lixo em suas casas, caso o servi\u00e7o fosse oferecido nos munic\u00edpios, aponta pesquisa divulgada na quarta-feira (28) pelo Programa \u00c1gua Brasil. Apenas 13% dos entrevistados declararam que n\u00e3o fariam a separa\u00e7\u00e3o dos res\u00edduos e 2% n\u00e3o sabem ou n\u00e3o responderam. O estudo, encomendado ao Ibope, entrevistou 2.002 pessoas em todas capitais e mais 73 munic\u00edpios, em novembro do ano passado.<\/p>\n
Apesar da disposi\u00e7\u00e3o em contribuir para a destina\u00e7\u00e3o adequada dos res\u00edduos s\u00f3lidos, o percentual dos que n\u00e3o t\u00eam meios para o descarte sustent\u00e1vel chega a 64% dos entrevistados. A quantidade de pessoas que contam com coleta seletiva ou que t\u00eam algum local para deixar o material separado representa 35% da amostra.<\/p>\n
Em rela\u00e7\u00e3o aos produtos que costumam ser separados nessas casas, as latas de alum\u00ednios ficam em primeiro lugar, com 75%, seguidas pelos pl\u00e1sticos (68%), pap\u00e9is e papel\u00f5es (62%) e vidros (55%). Os eletr\u00f4nicos, por outro lado, s\u00e3o separados por apenas 10% dos entrevistados. Cerca de 9% dos entrevistados n\u00e3o separam nenhum material mesmo que o servi\u00e7o de coleta seletiva esteja implantado na sua regi\u00e3o.<\/p>\n
Dos que contam com o servi\u00e7o de coleta seletiva, metade (50%) dos casos tem a prefeitura como respons\u00e1vel pelo trabalho. Catadores de rua (26%), cooperativas (12%) e local de entrega (9%) aparecem em seguida dentre os meios de coleta dispon\u00edveis.<\/p>\n
O estudo aponta tamb\u00e9m que a proposta de uma tarifa relaciona ao lixo divide opini\u00f5es. A ideia de que quem produz mais res\u00edduos deve pagar uma quantia maior \u00e9 aprovada completamente por 13% dos entrevistados, 23% concordam parcialmente. Os que discordam completamente a respeito do pagamento da taxa somam 36%. H\u00e1 ainda os que n\u00e3o concordam, nem discordam (16%) e os que discordam em parte, com 10%.<\/p>\n
Na hora de consumir, pr\u00e1ticas sustent\u00e1veis ainda s\u00e3o deixadas de lado. Pre\u00e7o, condi\u00e7\u00f5es de pagamento, durabilidade do produto e marca lideram as preocupa\u00e7\u00f5es do consumidor brasileiro. O valor do produto, por exemplo, \u00e9 considerado um aspecto fundamental por 70% dos entrevistados. Caracter\u00edsticas do produto ligadas \u00e0 sustentabilidade, no entanto, como os meios utilizados na produ\u00e7\u00e3o, o tempo que o produto leva para desaparecer na natureza e o fato de a embalagem ser recicl\u00e1vel, ficam em segundo plano.<\/p>\n
Os entrevistados responderam ainda quais produtos devem ser menos usados em suas casas nos pr\u00f3ximos tr\u00eas anos. O campe\u00e3o foi a sacola pl\u00e1stica. O produto \u00e9 comprado com frequ\u00eancia em 80% das resid\u00eancias, mas 34% dos entrevistados esperam reduzir o consumo. Em seguida aparecem os copos descart\u00e1veis (31%), bandejas de isopor (22%) e garrafas PET (21%). No fim da lista, entre os que devem permanecer com alto percentual de consumo, est\u00e3o os produtos de limpeza perfumados. Apenas 9% estimam que ir\u00e3o reduzir o uso desses materiais.<\/p>\n
O Programa \u00c1gua Brasil \u00e9 uma iniciativa do Banco do Brasil, da Funda\u00e7\u00e3o Banco do Brasil, da Ag\u00eancia Nacional de \u00c1guas (ANA) e da organiza\u00e7\u00e3o n\u00e3o governamental WWF-Brasil, com intuito de fomentar pr\u00e1ticas sustent\u00e1veis no campo e na cidade. (Fonte: Camila Maciel\/ Ag\u00eancia Brasil)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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