Um time de 47 especialistas de 26 laborat\u00f3rios internacionais reuniu dados de dez miss\u00f5es de sat\u00e9lites para medir a perda de gelo das calotas de gelo da Ant\u00e1rtica e da Groenl\u00e2ndia, e o reflexo disso no aumento do n\u00edvel do mar.<\/p>\n
A conclus\u00e3o deles \u00e9 que, desde 1992, o derretimento nessas regi\u00f5es elevou os oceanos em cerca de 11,1 mil\u00edmetros. Segundo os autores, dois ter\u00e7os da \u00e1gua vieram da Groenl\u00e2ndia, e o restante, da Ant\u00e1rtica.<\/p>\n
A pesquisa ser\u00e1 publicada na pr\u00f3xima edi\u00e7\u00e3o da revista \u201cScience\u201d, nesta sexta-feira (30). Os dados se enquadram na da previs\u00e3o do relat\u00f3rio do o Painel Intergovernamental de Mudan\u00e7as Clim\u00e1ticas (IPCC), de 2007, mas esta era t\u00e3o ampla que sequer permitia saber com certeza se a Ant\u00e1rtica estava perdendo ou ganhando gelo.<\/p>\n
Segundo os autores, o novo levantamento \u00e9 duas vezes mais preciso do que a informa\u00e7\u00e3o de que se dispunha antes. \u201cNossas estimativas de perda de geleiras s\u00e3o as mais confi\u00e1veis at\u00e9 agora. Elas encerram 20 anos de incerteza em rela\u00e7\u00e3o \u00e0s mudan\u00e7as na massa das camadas de gelo da Ant\u00e1rtica e da Groenl\u00e2ndia, e sua inten\u00e7\u00e3o \u00e9 virarem os dados de refer\u00eancia para os cientistas do clima a partir de agora\u201d, afirmou a jornalistas o professor da Universidade de Leeds, na Inglaterra, Andrew Shepherd.<\/p>\n
O estudo ainda aponta que a taxa combinada de derretimento da camada de gelo aumentou com o tempo e, juntas, Groenl\u00e2ndia e Ant\u00e1rtica agora perdem mais de tr\u00eas vezes a quantidade de gelo que perdiam na d\u00e9cada de 1990.<\/p>\n
O professor Erik Ivins, do Laborat\u00f3rio de Propuls\u00e3o a Jato (JPL, na sigla em ingl\u00eas), um dos coordenadores do levantamento, aponta que \u201ca taxa de perda de gelo na Groenl\u00e2ndia aumentou quase cinco vezes desde meados dos anos 1990. Em contraste, enquanto as mudan\u00e7as regionais no gelo ant\u00e1rtico ao longo do tempo s\u00e3o surpreendentes, o balan\u00e7o geral permaneceu relativamente constante \u2013 ao menos dentro da certeza proporcionada pelas medidas de sat\u00e9lite que temos \u00e0 m\u00e3o\u201d.<\/p>\n
Padroniza\u00e7\u00e3o<\/strong> – De acordo como glaciologista brasileiro Jefferson Sim\u00f5es, coordenador do Instituto Nacional de Ci\u00eancia e Tecnologia da Criosfera, que n\u00e3o participou do trabalho, mas acompanha as pesquisas na \u00e1rea, a metodologia desenvolvida pelos cientistas ajuda a reestruturar e padronizar as medidas referentes ao degelo global.<\/p>\n \u201cN\u00f3s temos claramente sinais de degelo acelerado no sul da Groenl\u00e2ndia, norte da Pen\u00ednsula ant\u00e1rtica e nas montanhas pelo mundo. O servi\u00e7o de monitoramento das geleiras funciona h\u00e1 160 anos e percebemos um processo de derretimento acelerado nos \u00faltimos 20 anos\u201d, explica.<\/p>\n Segundo ele, a grande quest\u00e3o a partir de agora \u00e9 descobrir se o limite m\u00e1ximo de eleva\u00e7\u00e3o do n\u00edvel do mar at\u00e9 2100 \u00e9 mesmo de um metro, conforme previs\u00e3o feita pelo IPCC, ou se pode superar essa medida.<\/p>\n Desde a \u00faltima segunda-feira (26), representantes de mais de 190 pa\u00edses est\u00e3o reunidos no Qatar para a Confer\u00eancia da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU) sobre Mudan\u00e7as Clim\u00e1ticas (COP 18), para discutir como ser\u00e1 poss\u00edvel reduzir as emiss\u00f5es de gases-estufa que elevam as temperaturas do planeta. (Fonte: Globo Natureza)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Equipe de 47 especialistas reuniu dados de dez miss\u00f5es de sat\u00e9lites. Desde 1992, derretimento fez mar subir cerca de 11 mil\u00edmetros, conclu\u00edram. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[17,46],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/89362"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=89362"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/89362\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=89362"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=89362"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=89362"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}