H\u00e1 quatro dias, negociadores de pa\u00edses em desenvolvimento e de economias desenvolvidas buscam acordos para reduzir as emiss\u00f5es de gases de efeito estufa a fim de evitar que o aquecimento do planeta continue produzindo grandes trag\u00e9dias mundiais, como as enchentes e as extremas secas presenciadas nos \u00faltimos anos. At\u00e9 o \u00faltimo dia da COP18, a Confer\u00eancia das Na\u00e7\u00f5es Unidas sobre Mudan\u00e7a Clim\u00e1tica, que ocorre em Doha, no Catar, os representantes de quase 200 na\u00e7\u00f5es devem definir qual a meta de redu\u00e7\u00e3o que cada pa\u00eds desenvolvido ter\u00e1 que cumprir nos pr\u00f3ximos anos.<\/p>\n
\u201cH\u00e1 um entendimento entre os pa\u00edses em desenvolvimento [G77 e a China] de que \u00e9 importante termos um segundo per\u00edodo de compromissos do Protocolo de Kyoto\u201d, explicou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que embarca para Doha no pr\u00f3ximo domingo (2). Por enquanto, as negocia\u00e7\u00f5es na COP18 seguem no n\u00edvel t\u00e9cnico. Especialistas tentam alinhavar os principais pontos do debate sobre mudan\u00e7as clim\u00e1ticas para que os ministros, a partir do dia 4 de dezembro, fa\u00e7am os \u00faltimos ajustes e assinem um documento final com os compromissos que v\u00e3o valer a partir de janeiro do ano que vem.<\/p>\n
A impress\u00e3o de observadores \u00e9 que as metas para o pr\u00f3ximo per\u00edodo tendem a ser muito t\u00edmidas. Al\u00e9m de pontos pol\u00eamicos que est\u00e3o longe de conclus\u00f5es entre os negociadores, pa\u00edses como o Canad\u00e1, os Estados Unidos e a Nova Zel\u00e2ndia j\u00e1 declararam que n\u00e3o v\u00e3o assumir compromissos obrigat\u00f3rios.<\/p>\n
Segundo Izabella Teixeira, a aus\u00eancia desses pa\u00edses pode trazer alguma dificuldade pol\u00edtica na defini\u00e7\u00e3o dos novos caminhos para evitar que a temperatura do planeta suba al\u00e9m de 2 graus Celsius nos pr\u00f3ximos anos. Esse limite de aquecimento \u00e9 um compromisso firmado entre as economias desenvolvidas e em desenvolvimento para minimizar os preju\u00edzos provocados pelas mudan\u00e7as do clima. Segundo a ministra, a delega\u00e7\u00e3o brasileira vai buscar a conclus\u00e3o do tratado.<\/p>\n
\u201cO que buscamos \u00e9 que tenha um caminho que assegure Kyoto e o compromisso legalmente vinculante dos pa\u00edses envolvidos em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 redu\u00e7\u00e3o das emiss\u00f5es de gases de efeito estufa. Muitos pa\u00edses desenvolvidos fizeram sua parte e reduziram emiss\u00f5es, como [os da] Uni\u00e3o Europeia, que \u00e9 a favor de um segundo per\u00edodo [do protocolo]. Mas tem pa\u00edses emissores, como Estados Unidos, que nunca ratificaram Kyoto\u201d, lembrou.<\/p>\n
Ao afastar o pessimismo de alguns especialistas que colocam em d\u00favida a conclus\u00e3o dos debates em Doha, a ministra destacou que, \u201cpara o Brasil, esse [o Protocolo de Kyoto] \u00e9 o \u00fanico acordo que define o compromisso vinculante na quest\u00e3o clim\u00e1tica para os pa\u00edses desenvolvidos\u201d. \u201cTirar Kyoto da mesa deixa um v\u00e1cuo, at\u00e9 que voc\u00ea tenha um acordo geral\u201d, disse ela, ao mencionar a Plataforma Durban, acordada por todos os pa\u00edses no ano passado. Pelo documento, tanto economias desenvolvidas quanto as de pa\u00edses em desenvolvimento ter\u00e3o compromissos obrigat\u00f3rios com a redu\u00e7\u00e3o das emiss\u00f5es a partir de 2020. (Fonte: Carolina Gon\u00e7alves\/ Ag\u00eancia Brasil)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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