{"id":90143,"date":"2012-12-26T00:00:29","date_gmt":"2012-12-26T02:00:29","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=90143"},"modified":"2012-12-25T19:04:41","modified_gmt":"2012-12-25T21:04:41","slug":"rei-dos-jabutis-vende-ate-para-a-china","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2012\/12\/26\/90143-rei-dos-jabutis-vende-ate-para-a-china.html","title":{"rendered":"‘Rei dos jabutis’ vende at\u00e9 para a China"},"content":{"rendered":"

Na fazenda de Aroldo Borges, 71, \u00e9 preciso sempre direcionar o olhar para baixo e ter cuidado onde se pisa. Afinal, ali, est\u00e1 um dos poucos criadores legais de jabutis no Brasil, segundo o Ibama.<\/p>\n

S\u00e3o mais de 5.000 animais, que passam a maior parte do dia escondidos do sol do sert\u00e3o baiano. Em Baixa Grande (252 km de Salvador), a chuva forte n\u00e3o vem h\u00e1 dois anos.<\/p>\n

Os jabutis, que se diferenciam da tartaruga e do c\u00e1gado sobretudo por n\u00e3o serem aqu\u00e1ticos, s\u00e3o negociados no mercado pet do Brasil e do exterior.<\/p>\n

Em 2012, Borges vendeu cerca de 3.500 unidades.<\/p>\n

O pre\u00e7o depende do tamanho, que vai de 5 cm a 15 cm. Em m\u00e9dia, uma unidade dos animais adultos custa R$ 150 e \u00e9 revendida a R$ 350.<\/p>\n

Borges diz que o investimento no criadouro j\u00e1 alcan\u00e7ou R$ 1 milh\u00e3o em 12 anos. Ele n\u00e3o revela lucros e diz que o gasto s\u00f3 com a comida dos bichos seria de R$ 70 mil ao m\u00eas.<\/p>\n

Mas, para reduzir as despesas, intensificou a planta\u00e7\u00e3o dos principais alimentos dos animais: frutas e palma -leguminosa da fam\u00edlia do cacto.<\/p>\n

“Se n\u00e3o fossem as intemp\u00e9ries da natureza, hoje eu estaria bem financeiramente. Por\u00e9m, ainda n\u00e3o tenho o retorno que deveria ter”, afirma. A forte estiagem, que prejudica o nascimento dos filhotes, \u00e9 a principal queixa.<\/p>\n

Jabuti chin\u00eas<\/strong> – Tamb\u00e9m pesa a crise econ\u00f4mica internacional, respons\u00e1vel pelo fim das exporta\u00e7\u00f5es para EUA e Europa.<\/p>\n

“Tem tr\u00eas anos que n\u00e3o pedem nada. Agora estou na m\u00e3o dos chineses. Espero que continuem com crescimento acelerado e o d\u00f3lar um pouco mais alto”, declara.<\/p>\n

Nascido em Baixa Grande, onde herdou a fazenda Jenipapo do pai, Borges recebe encomendas por e-mail, em ingl\u00eas, por meio de seu site.<\/p>\n

Reconhece ter desconfiado, no in\u00edcio, do interesse asi\u00e1tico. Mas comemora: se americanos e europeus pediam um m\u00e1ximo de 200 animais por viagem, compradores de Hong Kong e Taiwan encomendam at\u00e9 mil por vez.<\/p>\n

O pagamento \u00e9 sempre antecipado e o procedimento, menos burocr\u00e1tico em rela\u00e7\u00e3o ao mercado interno. N\u00e3o \u00e9 necess\u00e1rio o implante de chip, embora tamb\u00e9m precise do atestado de veterin\u00e1rio e de embalagem especializada.<\/p>\n

A situa\u00e7\u00e3o s\u00f3 n\u00e3o \u00e9 melhor porque, devido \u00e0 seca, n\u00e3o conseguir\u00e1 atender toda a demanda. H\u00e1 risco de os ovos que est\u00e3o no sol se perderem.<\/p>\n

Questionado sobre a finalidade de jabutis na China, diz n\u00e3o acreditar que seja consumo humano, embora isso ocorra inclusive em regi\u00f5es da Amaz\u00f4nia.<\/p>\n

“\u00c9 ex\u00f3tico para eles [chineses] terem em casa. Ainda h\u00e1 muitas lendas envolvendo o bicho.”<\/p>\n

Segundo ele, o animal \u00e9 visto como um “para-raios”, atraindo energias ruins e deixando as boas para o dono.<\/p>\n

Borges tamb\u00e9m alimenta a cren\u00e7a popular em torno de suas crias, ecoando a hist\u00f3ria de que ajudam a combater rinite e asma. “Coincid\u00eancia ou n\u00e3o, fiquei curado ap\u00f3s ter os primeiros contatos com os jabutis”, diz.<\/p>\n

O objetivo do criadouro, ent\u00e3o, seria ajudar a salvar a esp\u00e9cie, sobretudo das queimadas no sert\u00e3o (“eles caminham muito devagar, \u00e9 uma crueldade”).<\/p>\n

“Vendi os rebanhos que eu tinha, as vacas leiteiras, para apostar nisso”, finaliza. (Fonte: Nelson Barros Neto\/ Folha.com)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Fazenda em Baixa Grande (BA) \u00e9 uma das poucas a produzir jabutis com autoriza\u00e7\u00e3o no pa\u00eds; animais s\u00e3o exportados. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[66],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/90143"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=90143"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/90143\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=90143"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=90143"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=90143"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}