{"id":90662,"date":"2013-01-14T00:00:17","date_gmt":"2013-01-14T02:00:17","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=90662"},"modified":"2013-01-13T21:19:00","modified_gmt":"2013-01-13T23:19:00","slug":"bioindicadores-marinhos-auxiliam-analises-de-impacto-ambiental","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2013\/01\/14\/90662-bioindicadores-marinhos-auxiliam-analises-de-impacto-ambiental.html","title":{"rendered":"Bioindicadores marinhos auxiliam an\u00e1lises de impacto ambiental"},"content":{"rendered":"

Ver\u00e3o, f\u00e9rias, praias. Para saber quais s\u00e3o as praias pr\u00f3prias para mergulho e quais est\u00e3o contaminadas, \u00f3rg\u00e3os ambientais fazem an\u00e1lises hidroqu\u00edmicas de todo o litoral do Brasil. E uma pesquisa conduzida no Instituto de Geoci\u00eancias e na Escola de Artes, Ci\u00eancias e Humanidades da Universidade de S\u00e3o Paulo (USP) demonstrou a import\u00e2ncia da an\u00e1lise geoqu\u00edmica dos sedimentos e dos bioindicadores marinhos em an\u00e1lises de impacto ambiental, podendo auxiliar na avalia\u00e7\u00e3o das praias.<\/p>\n

O trabalho, que teve apoio da FAPESP, foi coordenado pela professora W\u00e2nia Duleba e teve o objetivo de avaliar a qualidade ambiental da \u00e1gua e dos sedimentos de locais distintos: dos emiss\u00e1rios submarinos do Ara\u00e7\u00e1 e do Terminal Petrol\u00edfero Almirante Barroso (Tebar).<\/p>\n

\u201cEssas duas regi\u00f5es est\u00e3o localizadas em S\u00e3o Sebasti\u00e3o, no litoral de S\u00e3o Paulo, e est\u00e3o submetidas a esgotos, sendo um deles dom\u00e9stico (Ara\u00e7\u00e1) e outro industrial ou petroqu\u00edmico (Tebar)\u201d, disse Duleba.<\/p>\n

A pesquisa comparativa avaliou a influ\u00eancia de dois tipos de efluentes no meio marinho. As an\u00e1lises foram al\u00e9m dos aspectos hidroqu\u00edmicos do local.<\/p>\n

Os pesquisadores determinaram as caracter\u00edsticas geoqu\u00edmicas do sedimento (ou assoalho) marinho e analisaram como a biota (conjunto de seres vivos do local) reage \u00e0 presen\u00e7a de diferentes tipos de componentes na \u00e1gua.<\/p>\n

O organismo vivo escolhido para viabilizar a an\u00e1lise foi uma esp\u00e9cie oportunista de foramin\u00edfero bent\u00f4nico, a Ammonia tepida. \u201cTrata-se de um protozo\u00e1rio com uma carapa\u00e7a calc\u00e1ria que habita o assoalho marinho, de onde absorve os elementos qu\u00edmicos que, ocasionalmente, s\u00e3o depositados no mar\u201d, disse Duleba.<\/p>\n

A coleta dos foramin\u00edferos foi realizada em diferentes esta\u00e7\u00f5es dos anos de 2005, 2006 e 2007. Logo em seguida, as carapa\u00e7as dos protozo\u00e1rios ainda vivos foram submetidas a an\u00e1lises qu\u00edmicas por espectr\u00f4metros de massa.<\/p>\n

Duleba destaca a import\u00e2ncia de se realizar as an\u00e1lises em organismos vivos. \u201cAnteriormente, estudos ambientais costumavam fazer as observa\u00e7\u00f5es em organismos mortos. No entanto, nossa pesquisa mostrou que \u00e9 preciso avali\u00e1-los ainda vivos, pois, quando morrem, j\u00e1 n\u00e3o refletem mais o momento da coleta\u201d, disse.<\/p>\n

Metal nas carapa\u00e7as<\/strong> – An\u00e1lises granulom\u00e9tricas e geoqu\u00edmicas do sedimento, obtidos no Instituto de Geoci\u00eancias, e dados hidroqu\u00edmicos da coluna d\u2019\u00e1gua, fornecidos pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de S\u00e3o Paulo (Cetesb) tamb\u00e9m foram levados em considera\u00e7\u00e3o pelos pesquisadores, que verificaram um pico de contamina\u00e7\u00e3o por cobre no efluente do Tebar no segundo semestre de 2006.<\/p>\n

\u201cNas carapa\u00e7as dos foramin\u00edferos coletados no per\u00edodo foi detectada forte presen\u00e7a de cobre. Em 2005\/2006, os foramin\u00edferos tinham tamanho reduzido e sua quantidade no assoalho marinho era baixa, assim como a biodiversidade da \u00e1rea, indicando uma poss\u00edvel situa\u00e7\u00e3o an\u00f4mala\u201d, disse Duleba.<\/p>\n

Os elementos qu\u00edmicos das carapa\u00e7as foram obtidos por espectrometria de massa na Universidade de Bremen, na Alemanha, e por fluoresc\u00eancia de raio X por luz s\u00edncrotron no Laborat\u00f3rio Nacional de Luz S\u00edncrotron, em Campinas.<\/p>\n

A pesquisadora salienta que a \u00e1rea marinha avaliada n\u00e3o excedeu os limites de poluentes permitidos por \u00f3rg\u00e3os ambientais nos demais per\u00edodos analisados. \u201cN\u00e3o se pode afirmar que a coluna d\u2019\u00e1gua de S\u00e3o Sebasti\u00e3o, submetida a intenso despejo de efluentes dos emiss\u00e1rios submarinos do Ara\u00e7\u00e1 e do Tebar, esteja contaminada\u201d, disse.<\/p>\n

Entretanto, ao confrontar as vari\u00e1veis hidroqu\u00edmicas fornecidas pela Cetesb com as do sedimento e sua biota, os pesquisadores observaram que, nas carapa\u00e7as dos foramin\u00edferos, a presen\u00e7a de alguns componentes qu\u00edmicos era maior do que a detectada na \u00e1gua.<\/p>\n

\u201cEm pesquisas de impacto ambiental, n\u00e3o adianta fazer an\u00e1lises apenas da \u00e1gua de uma regi\u00e3o marinha. \u00c9 preciso considerar o sedimento e, principalmente, a biota bent\u00f4nica do local. Os \u00f3rg\u00e3os ambientais devem se atentar a esse fator\u201d, afirmou Duleba. (Fonte: Ag\u00eancia Fapesp)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Presen\u00e7a de metais pesados em organismos vivos dos sedimentos marinhos de regi\u00e3o analisada foi ligeiramente maior do que a constatada na pr\u00f3pria \u00e1gua do mar, indica estudo. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[237,191,75],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/90662"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=90662"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/90662\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=90662"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=90662"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=90662"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}