{"id":91325,"date":"2013-02-06T00:00:40","date_gmt":"2013-02-06T02:00:40","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=91325"},"modified":"2013-02-05T22:01:32","modified_gmt":"2013-02-06T00:01:32","slug":"acre-recebe-premio-alemao-por-combater-desmatamento","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2013\/02\/06\/91325-acre-recebe-premio-alemao-por-combater-desmatamento.html","title":{"rendered":"Acre recebe pr\u00eamio alem\u00e3o por combater desmatamento"},"content":{"rendered":"

Desde morte de Chico Mendes, h\u00e1 25 anos, desmatamento no Estado caiu pela metade. Pela vanguarda na prote\u00e7\u00e3o da natureza, governo alem\u00e3o premiou Rio Branco com R$ 43 milh\u00f5es para financiar projetos ambientais.<\/p>\n

Xapuri, Acre, dezembro de 1988. S\u00edmbolo da luta contra o desmatamento, o seringueiro e l\u00edder sindical Chico Mendes \u00e9 assassinado no quintal da pr\u00f3pria casa, apesar de, seguidas vezes, ter alertado que sua vida estava em risco. Naquele ano, a Floresta Amaz\u00f4nica tivera uma redu\u00e7\u00e3o de 620 km\u00b2 no Estado, que via a degrada\u00e7\u00e3o de sua vegeta\u00e7\u00e3o fugir do controle. Matas vinham ao ch\u00e3o para dar lugar a pastos, e quem ousasse se op\u00f4r pagava caro.<\/p>\n

O tiro em Chico Mendes ecoou longe e atraiu a aten\u00e7\u00e3o internacional para a causa. Hoje, 25 anos depois, o Acre se destaca no combate ao desmatamento. Em 2012, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a \u00e1rea devastada no estado foi de 308km\u00b2, ainda significativa, mas menos da metade da registrada naquele 1988, quando come\u00e7aram a ser feitas as medi\u00e7\u00f5es.<\/p>\n

O caminho \u00e9 longo, mas o estado d\u00e1 passos firmes \u2013 talvez como nenhum outro no Brasil \u2013 para promover um modelo de desenvolvimento econ\u00f4mico que contemple prote\u00e7\u00e3o florestal e combate \u00e0 pobreza. No fim do ano passado, o Acre foi laureado pelo governo alem\u00e3o com um recurso de 16 milh\u00f5es de euros (R$ 43 milh\u00f5es). O dinheiro vai ajudar a financiar projetos ambientais, mas \u00e9, sobretudo, um pr\u00eamio ao que foi feito nos \u00faltimos anos contra o desmatamento.<\/p>\n

“O Acre \u00e9 um dos Estados de melhor performace na Amaz\u00f4nia brasileira, vem se destacando de forma positiva no combate ao desmatamento”, disse \u00e0 DW Brasil Alberto Tavares, coordenador da ONG WWF no Estado e um dos monitores da assinatura do acordo de doa\u00e7\u00e3o. “Esse dinheiro \u00e9 um reconhecimento a esse bom desempenho.”<\/p>\n

Recursos da Alemanha para a floresta<\/strong> – O recurso ser\u00e1 destinado ao Acre atrav\u00e9s do banco estatal alem\u00e3o KfW e em parcelas. A primeira, de 1,9 milh\u00e3o de euros, j\u00e1 est\u00e1 com o Estado. As demais ser\u00e3o repassadas ao longo dos pr\u00f3ximos dois anos e estar\u00e3o sujeitas ao cumprimento de determinadas metas de combate ao desmatamento \u2013 as medi\u00e7\u00f5es ser\u00e3o feitas pelo Inpe.<\/p>\n

A doa\u00e7\u00e3o s\u00f3 foi poss\u00edvel porque o Acre passou a explorar um projeto chamado Redd (Redu\u00e7\u00e3o de Emiss\u00f5es por Desmatamento), mecanismo internacional que visa a compensar financeiramente a manuten\u00e7\u00e3o de florestas tropicais, mitigando as emiss\u00f5es de gases do efeito estufa. E o banco alem\u00e3o tem um programa espec\u00edfico, chamado Redd Early Movers (REM), para contribuir com o combate ao desmatamento.<\/p>\n

“\u00c9 o primeiro projeto que permite a um estado, dentro de um pa\u00eds, receber verba para conserva\u00e7\u00e3o. \u00c9 um projeto inovador, e ter\u00e1 muita repercuss\u00e3o nacional e internacional, pois o Acre \u00e9 um Estado que est\u00e1 na vanguarda desse novo tipo de projeto”, afirmou Hubert Eisele, gerente de projetos de florestas tropicias do KfW, na assinatura do acordo com o Acre.<\/p>\n

A ideia do governo estadual \u00e9 que pelo menos 70% da verba sejam utilizados em a\u00e7\u00f5es j\u00e1 existentes do Sistema de Incentivos aos Servi\u00e7os Ambientais (Sisa), uma base legal criada pelo Acre para cortar pela raiz os novos padr\u00f5es de desmatamento no estado.<\/p>\n

Mudan\u00e7a no perfil do desmatamento<\/strong> – Nas \u00faltimas d\u00e9cadas, explica Alberto Tavares, o Estado conseguiu conter boa parte do desmatamento em grandes e m\u00e9dias propriedades, mas agora pelo menos 80% da devasta\u00e7\u00e3o se concentram em propriedades consideradas pequenas, de at\u00e9 5 hectares. Por isso, diante de um desmatamento distribu\u00eddo, s\u00e3o necess\u00e1rios projetos como o Sisa, que busca a valoriza\u00e7\u00e3o econ\u00f4mica da preserva\u00e7\u00e3o do meio ambiente atrav\u00e9s do incentivo a atividades ligadas ao ecossistema.<\/p>\n

“O m\u00e9rito do Acre foi perceber a necessidade de maximizar a agrega\u00e7\u00e3o de valor \u00e0s atividades florestais. Ele se antecipou ao criar, por iniciativa subnacional, uma lei de servi\u00e7os ambientais, que n\u00e3o existe no Brasil”, diz Tavares.<\/p>\n

Hoje o estado se esfor\u00e7a para valorizar produtos florestais t\u00edpicos regionais, como castanha, borracha e madeira, e vive um processo de industrializa\u00e7\u00e3o dos mesmos. Desde 2007, existe a Natex, primeira empresa do mundo a utilizar borracha natural para a fabrica\u00e7\u00e3o de preservativos. No fim do ano passado, o governo reformou e reinaugurou a Usina de Beneficiamento de Castanha Chico Mendes. Ambas as instala\u00e7\u00f5es ficam em Xapuri, onde nasceu e morreu o l\u00edder sindical sindical. (Fonte: Terra)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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