{"id":91610,"date":"2013-02-18T00:00:53","date_gmt":"2013-02-18T03:00:53","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=91610"},"modified":"2013-02-17T20:10:08","modified_gmt":"2013-02-17T23:10:08","slug":"buscas-por-fragmentos-de-meteoro-que-caiu-na-russia-sao-canceladas","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2013\/02\/18\/91610-buscas-por-fragmentos-de-meteoro-que-caiu-na-russia-sao-canceladas.html","title":{"rendered":"Buscas por fragmentos de meteoro que caiu na R\u00fassia s\u00e3o canceladas"},"content":{"rendered":"
As autoridades russas decidiram cancelar neste domingo (17) as buscas por fragmentos do meteoro que caiu na sexta-feira e deixou mais de mil pessoas feridas. Equipes de mergulhadores estavam concentradas no lago Shebarkul, na regi\u00e3o de Cheliabinsk.<\/p>\n
Com uma temperatura de -17 graus Celsius, especialistas passaram um dia inteiro inspecionando o local. No entanto, o Minist\u00e9rio de Situa\u00e7\u00f5es de Emerg\u00eancia decidiu se concentrar nas tarefas de reconstru\u00e7\u00e3o das regi\u00f5es atingidas pelo meteoro.<\/p>\n
“Os mergulhadores estiveram trabalhando l\u00e1, mas n\u00e3o encontramos nada”, disse o porta-voz do minist\u00e9rio, Vyacheslav Ladonkin. “Hoje as buscas n\u00e3o continuar\u00e3o”, acrescentou.<\/p>\n
Quando um corpo rochoso vem do espa\u00e7o e entra na atmosfera, ele \u00e9 inicialmente chamado pelos astr\u00f4nomos de meteoro. Caso atinja o solo, em vez de se desfazer em atrito com a atmosfera, ele – ou seus fragmentos – passam a ser classificados de “meteorito”, conforme explica o astr\u00f4nomo C\u00e1ssio Barbosa, colunista do G1.<\/p>\n
Maior em 100 anos<\/strong> – A ag\u00eancia espacial americana Nasa divulgou informa\u00e7\u00f5es capturadas por uma rede de sensores que permitiu uma melhor avalia\u00e7\u00e3o do objeto que cruzou o c\u00e9u da R\u00fassia. Segundo a institui\u00e7\u00e3o, o tamanho do meteoro era de 17 metros e seu peso era de 10 mil toneladas antes de entrar na atmosfera terrestre. Quando se desintegrou no c\u00e9u, \u00e0s 0h20 (hor\u00e1rio de Bras\u00edlia) desta sexta-feira, devido ao atrito com o ar, foram liberados 500 kilotons de energia (ou seja, aproximadamente o equivalente \u00e0 detona\u00e7\u00e3o de 500 toneladas de TNT), segundo as estimativas.<\/p>\n O primeiro registro da entrada do meteoro na atmosfera terrestre foi feito no Alasca, a mais de 6.500 km da regi\u00e3o russa, onde houve os estragos.<\/p>\n Os sensores de infrassom indicam que, desde o momento da entrada do meteoro na atmosfera, at\u00e9 sua desintegra\u00e7\u00e3o, se passaram 32,5 segundos.<\/p>\n “Poder\u00edamos esperar que um evento dessa magnitude ocorresse a cada 100 anos, em m\u00e9dia”, avalia o cientista Paul Chodas, da Nasa, que encabe\u00e7a um programa da ag\u00eancia voltado para objetos espaciais pr\u00f3ximos \u00e0 Terra.<\/p>\n “Quando h\u00e1 uma bola de fogo desse tamanho, esperar\u00edamos que um grande n\u00famero de meteoritos chegasse ao solo e, nesse caso, provavelmente deve ter havido alguns grandes”, avalia, em nota. O meteoro \u00e9 o maior de que se tem not\u00edcia a impactar nosso planeta desde 1908, quando outra rocha vinda do espa\u00e7o caiu em Tunguska, na Sib\u00e9ria, informa a Nasa.<\/p>\n A ag\u00eancia americana voltou a refor\u00e7ar que n\u00e3o h\u00e1 rela\u00e7\u00e3o entre o meteoro que caiu na R\u00fassia e o asteroide 2012 DA14, que passou perto da terra na tarde de sexta-feira (pelo hor\u00e1rio de Bras\u00edlia).<\/p>\n De acordo com o ministro russo de Situa\u00e7\u00f5es de Emerg\u00eancia, Vladimir Pushkov, uma equipe especial do governo foi enviada \u00e0 regi\u00e3o para avaliar a estabilidade s\u00edsmica dos edif\u00edcios. Ele comentou ainda que haver\u00e1 cuidados ao religar o g\u00e1s dessas edifica\u00e7\u00f5es.<\/p>\n O governo de Cheliabinsk iniciou uma grande opera\u00e7\u00e3o para consertar os estragos provocados pelo fen\u00f4meno. Cerca de 20 mil pessoas foram mobilizadas no pa\u00eds para participar da limpeza e tamb\u00e9m do atendimento aos feridos, que ainda neste s\u00e1bado permaneciam sob observa\u00e7\u00e3o m\u00e9dica.<\/p>\n \u00daltimo dado divulgado pelo Minist\u00e9rio do Interior russo aponta que ao menos mil pessoas tiveram ferimentos devido aos estilha\u00e7os de vidro, que se quebraram com a apari\u00e7\u00e3o da bola de fogo no c\u00e9u. Deste total, 200 seriam crian\u00e7as.<\/p>\n Sistema de defesa<\/strong> – Ag\u00eancias de not\u00edcias afirmam que autoridades da R\u00fassia defenderam a cria\u00e7\u00e3o de um sistema conjunto de combate a asteroides. Alexei Pushkov, chefe do Comit\u00ea de Assuntos Exteriores do Parlamento russo, escreveu em sua conta no Twitter que \u201c’em vez de lutar na Terra, as pessoas deveriam criar um sistema conjunto de defesa dos asteroides\u201d.<\/p>\n A opini\u00e3o \u00e9 compartilhada pelo presidente russo, Vladimir Putin. Segundo a ag\u00eancia de not\u00edcias “France Presse”, o presidente convocou os Estados Unidos a se unir ao pa\u00eds e \u00e0 China para criar um sistema de defesa contra asteroides.<\/p>\n Nesta semana, pela primeira vez um grupo de trabalho das Na\u00e7\u00f5es Unidas prop\u00f4s um plano de coordena\u00e7\u00e3o internacional para detectar asteroides potencialmente perigosos e, em caso de risco para a Terra, preparar uma miss\u00e3o espacial com capacidade para desviar sua trajet\u00f3ria.<\/p>\n “O risco de que um asteroide se choque contra a Terra \u00e9 extremamente pequeno, mas, em fun\u00e7\u00e3o do tamanho do asteroide e do local do impacto, as consequ\u00eancias podem ser catastr\u00f3ficas”, indica um relat\u00f3rio entregue esta semana aos estados-membros pelo Escrit\u00f3rio da ONU para o Espa\u00e7o Exterior (Unoosa, na sigla em ingl\u00eas).<\/p>\n O relat\u00f3rio de 15 p\u00e1ginas foi elaborado por um grupo de trabalho criado em 2007, em Viena, na \u00c1ustria. Atualmente s\u00e3o conhecidos cerca de 20 mil asteroides pr\u00f3ximos \u00e0 Terra, dos quais aproximadamente 300 s\u00e3o potencialmente perigosos, explica o diretor do grupo de trabalho que redigiu o documento, o mexicano Sergio Camacho.<\/p>\n At\u00e9 2020, o analista prev\u00ea que ser\u00e3o detectados at\u00e9 meio milh\u00e3o de asteroides pr\u00f3ximos a nosso planeta, gra\u00e7as \u00e0 melhora da tecnologia de localiza\u00e7\u00e3o. “S\u00e3o objetos que est\u00e3o a\u00ed, mas n\u00e3o sabemos onde est\u00e3o”, ressalta. (Fonte: G1)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Seis profissionais procuravam fragmentos de corpo celeste em um lago. 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