O diretor-geral do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN), Rolf Heuer, anunciou nesta quarta-feira (27) que, no final desse ano, pode ser poss\u00edvel confirmar ou descartar a exist\u00eancia do “B\u00f3son de Higgs”, a chamada “part\u00edcula de Deus”.<\/p>\n
O an\u00fancio foi feito por Heuer em entrevista coletiva na cidade de Oviedo, na Espanha, antes de ele dar uma palestra sobre o funcionamento do “Grande Colisor de H\u00e1drons” (LHC), o maior acelerador de part\u00edculas do mundo, que fica no CERN, em Genebra.<\/p>\n
Segundo as previs\u00f5es do especialista, no final desse ano talvez seja poss\u00edvel afirmar se existe o “B\u00f3son de Higgs” ou se \u00e9 apenas um b\u00f3son, e admitiu ainda que as pesquisas continuam para que “em 2015 possam ser obtidos resultados mais definitivos, que ajudem a identificar a part\u00edcula com maior exatid\u00e3o”.<\/p>\n
Ele tamb\u00e9m explicou que agora os pesquisadores disp\u00f5em de tr\u00eas vezes mais dados sobre esta part\u00edcula do que quando ela foi descoberta, em julho de 2012, e que estas novas informa\u00e7\u00f5es ser\u00e3o “muito importantes” para poder classific\u00e1-la.<\/p>\n
A pesquisa sobre a exist\u00eancia do “B\u00f3son de Higgs” tem como objetivo final descobrir se ele \u00e9 o respons\u00e1vel pela uni\u00e3o dos \u00e1tomos, princ\u00edpio no qual a teoria da exist\u00eancia do universo est\u00e1 baseada.<\/p>\n
O cientista ressaltou a complexidade da pesquisa para descobrir estas part\u00edculas, j\u00e1 que elas “sabem bem como se disfar\u00e7ar e se esconder”.<\/p>\n
Por isso, para poder avan\u00e7ar nas pesquisas s\u00e3o necess\u00e1rias tecnologias que, em alguns casos, nem existem, o que faz com que se tenha de desenvolver novos instrumentos que sejam adequados para realizar os testes, e \u00e9 “a\u00ed que a sociedade se beneficia do trabalho do CERN”, afirmou Heuer.<\/p>\n
Segundo ele, \u00e9 por estes motivos que se deve evitar os cortes de gastos que envolvem a pesquisa, apesar de reconhecer que a atual situa\u00e7\u00e3o econ\u00f4mica faz com que isso seja “inevit\u00e1vel”.<\/p>\n
Mesmo assim, Heuer garantiu que a Uni\u00e3o Europeia escutou com “clareza” sua mensagem e, em vez de cortar custos, aumentou a contribui\u00e7\u00e3o para a pesquisa at\u00e9 2020.<\/p>\n
“Acho que \u00e9 uma boa not\u00edcia”, disse o cientista, que tamb\u00e9m lamentou que v\u00e1rios pa\u00edses europeus n\u00e3o tenham contribu\u00eddo satisfatoriamente com o CERN. (Fonte: UOL)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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