Os aterros sanit\u00e1rios brasileiros possuem um potencial energ\u00e9tico suficiente para gerar eletricidade a 1,5 milh\u00e3o de pessoas. S\u00e3o 280 megawatts (MW) que podem ser produzidos a partir do aproveitamento do biog\u00e1s, o metano obtido por meio da decomposi\u00e7\u00e3o do lixo. A conclus\u00e3o \u00e9 do “Atlas Brasileiro de Emiss\u00f5es de GEE (gases de efeito estufa) e Potencial Energ\u00e9tico na Destina\u00e7\u00e3o de Res\u00edduos S\u00f3lidos”, um estudo realizado pela Associa\u00e7\u00e3o Brasileira das Empresas de Limpeza P\u00fablica e Res\u00edduos Especiais (Abrelpe), lan\u00e7ado nesta quinta-feira no Rio de Janeiro.<\/p>\n
Mas para que esse potencial se transforme efetivamente em energia, ainda \u00e9 necess\u00e1rio um investimento de quase R$ 1 bilh\u00e3o, segundo o diretor executivo da Abrelpe, Carlos Silva Filho. A estimativa foi feita com base no custo de US$ 5 milh\u00f5es (R$ 9,87 milh\u00f5es) para instala\u00e7\u00e3o de uma planta m\u00e9dia, com capacidade de gera\u00e7\u00e3o de 3MW. “Um dos objetivos desse atlas \u00e9 estimular que os neg\u00f3cios do setor sejam desenvolvidos. A ideia \u00e9 incentivar tanto o investidor a implantar e operar a gera\u00e7\u00e3o de energia, como tamb\u00e9m incentivar os \u00f3rg\u00e3os de governo a estimular essa energia a partir do lixo, como foram estimuladas outras fontes de energia, como a e\u00f3lica”.<\/p>\n
O estudo, realizado com apoio da EPA (Environmental Protection Agency, a ag\u00eancia ambiental dos Estados Unidos) e da Global Methane Initiative, mostra o potencial de aproveitamento do lixo no Brasil, que em 2011 gerou 198 mil toneladas de res\u00edduos s\u00f3lidos urbanos por dia. S\u00e3o 62 milh\u00f5es de toneladas ao ano, das quais 11% n\u00e3o chegam sequer a ser coletadas. E outros 41% (75 mil toneladas di\u00e1rias) ainda t\u00eam destina\u00e7\u00e3o inadequada, indo parar em lix\u00f5es ou aterros sem condi\u00e7\u00f5es seguras de prote\u00e7\u00e3o ao meio ambiente.<\/p>\n
A Abrelpe mapeou todos os 46 projetos brasileiros de redu\u00e7\u00e3o de emiss\u00f5es de GEE com registro na ONU e constatou que 22 deles preveem o aproveitamento energ\u00e9tico do biog\u00e1s. Desse total, apenas dois aterros de S\u00e3o Paulo j\u00e1 produzem eletricidade: o S\u00e3o Jo\u00e3o, na zona leste da capital paulista, e o Bandeirantes, fechado em 2007, que chegou a receber metade de todo o lixo produzido na capital e possui 40 milh\u00f5es de toneladas de lixo enterradas – o suficiente para fornecer energia el\u00e9trica para 300 mil pessoas. (Fonte: UOL)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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