{"id":92190,"date":"2013-03-08T00:00:54","date_gmt":"2013-03-08T03:00:54","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=92190"},"modified":"2013-03-07T22:06:19","modified_gmt":"2013-03-08T01:06:19","slug":"habitos-alimentares-femininos-contribuem-para-preservacao-ambiental","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2013\/03\/08\/92190-habitos-alimentares-femininos-contribuem-para-preservacao-ambiental.html","title":{"rendered":"H\u00e1bitos alimentares femininos contribuem para preserva\u00e7\u00e3o ambiental"},"content":{"rendered":"

Pesquisadores alem\u00e3es constatam que mulheres consomem em geral menos carne e produtos l\u00e1cteos, ajudando a reduzir a emiss\u00e3o de CO2. Se homens fizessem o mesmo, 15 milh\u00f5es de toneladas do g\u00e1s seriam economizados por ano.<\/p>\n

As mulheres se alimentam melhor do que os homens e, com isso, preservam o meio ambiente. \u00c9 o que constata um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Halle-Wittenberg, na Alemanha. Dados confirmam que se homens comessem como mulheres, 15 milh\u00f5es de toneladas do g\u00e1s carb\u00f4nico seriam economizados. Os resultados mostram tamb\u00e9m que, al\u00e9m da grande diferen\u00e7a entre os padr\u00f5es de consumo dos dois sexos, os h\u00e1bitos masculinos ocasionam um impacto de maior propor\u00e7\u00e3o para o aquecimento global.<\/p>\n

O estudo teve como objetivo principal quantificar as emiss\u00f5es relacionadas a alimentos de origem vegetal, tendo como base o fator s\u00f3cio-demogr\u00e1fico da popula\u00e7\u00e3o avaliada. “Por serem produzidos com maior intensidade, diferentes alimentos de origem animal ou vegetal desempenham um papel relevante na avalia\u00e7\u00e3o dos impactos ambientais da nutri\u00e7\u00e3o humana”, revela Toni Meier, chefe de pesquisas do Departamento de Agronomia Geral e Agricultura Org\u00e2nica da Universidade Martin Luther, em entrevista \u00e0 Deutsche Welle.<\/p>\n

Segundo Meier, estas diferen\u00e7as s\u00e3o causadas principalmente pela maior participa\u00e7\u00e3o de produtos de carne na dieta habitual dos homens, enquanto quase a metade da dieta feminina \u00e9 composta de frutas e legumes. Se os homens mudassem sua alimenta\u00e7\u00e3o nesse sentido, haveria uma redu\u00e7\u00e3o de 12% do CO2, 60 mil toneladas de am\u00f4nia seriam emitidos a menos, e 94 milh\u00f5es de metros c\u00fabicos a mais de “\u00e1gua azul” (da torneira) ficariam dispon\u00edveis.<\/p>\n

Como a pesquisa foi realizada<\/strong> – Os efeitos de diferentes padr\u00f5es de alimenta\u00e7\u00e3o foram comparados com o \u00faltimo levantamento de consumo na Alemanha, realizado em 2006. A an\u00e1lise nutricional baseou-se em entrevistas com 20 mil pessoas. Avaliaram-se taxas relacionadas ao aquecimento global, incluindo as emiss\u00f5es procedentes do uso direto do solo. Entre os alimentos t\u00edpicos alem\u00e3es analisados estavam tanto os de origem animal, carne, latic\u00ednios, ovos e peixe, como vegetais, gr\u00e3os, frutas, batata, margarina, \u00f3leos e derivados do a\u00e7\u00facar.<\/p>\n

Com rela\u00e7\u00e3o ao impacto causado pelo efeito estufa, as emiss\u00f5es de amon\u00edaco, produto utilizado na fabrica\u00e7\u00e3o de fertilizantes, s\u00e3o encontradas em quantidade bem mais baixa nos produtos geralmente consumidos pela popula\u00e7\u00e3o feminina. O especialista enfatiza que, dentro de uma sociedade com distintos perfis de dieta, j\u00e1 est\u00e3o estabelecidos impactos ambientais not\u00e1veis.<\/p>\n

“Essas diferen\u00e7as podem ser vistas como ponto positivo para o fortalecimento de perfis de dieta sustent\u00e1veis no pa\u00eds. Dados relacionados a grupos potencialmente subnutridos como os idosos, enfermos e gr\u00e1vidas tamb\u00e9m s\u00e3o de grande relev\u00e2ncia, por fazerem uma consider\u00e1vel diferen\u00e7a nas pesquisas referentes ao impacto ambiental na sa\u00fade popular.”<\/p>\n

Diferen\u00e7as no Brasil<\/strong> – Um estudo realizado pela Universidade de S\u00e3o Paulo, publicado em dezembro de 2012, mostra que o consumo de carne aumentou em cerca de 20%, entre os entrevistados. A ingest\u00e3o excessiva do alimento foi observada em quase 75% das pessoas e o tipo de carne mais consumido foi a bovina, seguida de aves, porco e peixe. Foi constatado, ainda, que vem crescendo o consumo de carne processada, como presunto, toucinho e lingui\u00e7a, principalmente entre os adolescentes.<\/p>\n

A qualidade da dieta foi inversamente relacionada com o consumo excessivo de carne vermelha e processada pelos homens, o que revela uma baixa na qualidade da dieta masculina. O comportamento causou grande impacto ambiental em 2012, estimado em 18 milh\u00f5es de toneladas de equivalentes de CO2. Tal representa cerca de 5% do total de CO2 emitido pela agropecu\u00e1ria brasileira em 2003.<\/p>\n

Especialistas da universidade brasileira alertam que as carnes s\u00e3o boas fontes nutricionais, por\u00e9m devem ser consumidas com modera\u00e7\u00e3o. O consumo excessivo de carne vermelha pode aumentar o risco de c\u00e2ncer de c\u00f3lon e reto, doen\u00e7as cardiovasculares, diabetes e excesso de peso. (Fonte: Terra)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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