{"id":92901,"date":"2013-03-30T00:01:53","date_gmt":"2013-03-30T03:01:53","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=92901"},"modified":"2013-03-29T20:28:33","modified_gmt":"2013-03-29T23:28:33","slug":"china-e-brasil-investem-em-pesquisa-conjunta-de-energias-limpas","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2013\/03\/30\/92901-china-e-brasil-investem-em-pesquisa-conjunta-de-energias-limpas.html","title":{"rendered":"China e Brasil investem em pesquisa conjunta de energias limpas"},"content":{"rendered":"

O Brasil, com sua matriz energ\u00e9tica considerada uma das mais “limpas” do mundo, com 45% proveniente de fontes renov\u00e1veis, e China, a maior poluidora do planeta, est\u00e3o trabalhando em conjunto para desenvolver pesquisas que auxiliem no desenvolvimento de intelig\u00eancia em novas energias com enfoque comercial. “A China quer se tornar um grande produtor de energias renov\u00e1veis, e o mercado verde dever\u00e1 ser um grande impulso para o reaquecimento da economia mundial”, diz o diretor geral do Minist\u00e9rio de Ci\u00eancia e Tecnologia Chin\u00eas, Wang Qiang.<\/p>\n

Pauta recorrente no cen\u00e1rio internacional, a China est\u00e1 muito interessada em solu\u00e7\u00f5es mais limpas. Na metade do ano passado, Pequim reiterou a inten\u00e7\u00e3o do seu Plano Quinquenal com aporte de 816 bilh\u00f5es de yuans (cerca de R$ 268 bilh\u00f5es) em medidas contra a polui\u00e7\u00e3o do ar e da \u00e1gua, al\u00e9m de outros 932 bilh\u00f5es de yuans (aproximadamente R$ 306 bilh\u00f5es) que ser\u00e3o destinados a iniciativas para a constru\u00e7\u00e3o civil e produ\u00e7\u00e3o de autom\u00f3veis que usem menos recursos n\u00e3o renov\u00e1veis.<\/p>\n

O ministro da Ind\u00fastria e Tecnologia da Informa\u00e7\u00e3o, Miao Wei, anunciou na semana passada subs\u00eddios para carros que rodem com energia limpa, um audacioso plano que pretende alavancar as vendas de autom\u00f3veis “verdes” de 12.791 unidades em 2012 para 500 mil em 2015.<\/p>\n

Brasil e China s\u00e3o grandes expoentes atuais nas pesquisas em energia limpa. O Brasil com o desenvolvimento de pesquisas em energia e\u00f3lica e mar\u00edtima, e os chineses com os pain\u00e9is solares, um mercado que lideram mundialmente com 60% da produ\u00e7\u00e3o. A China tomou como prioridade em 2012 o desenvolvimento tecnol\u00f3gico de bioenergia, energia solar e tratamento de res\u00edduos, um plano consoante ao Plano Quinquenal iniciado em 2010 que tem o enfoque nas ind\u00fastrias limpas.<\/p>\n

Coopera\u00e7\u00e3o Brasil-China<\/strong> – A participa\u00e7\u00e3o brasileira no projeto chin\u00eas \u00e9 encabe\u00e7ada pelo Centro China-Brasil de Mudan\u00e7as Clim\u00e1ticas e Tecnologias Inovadoras em Energia (Coppe), criado em 2010 pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pela chinesa Tsinghua. O modelo inspira-se na cria\u00e7\u00e3o de parcerias entre empresas e universidades desenvolvido na China, num processo iniciado durante a abertura econ\u00f4mica, em 1979, e a privatiza\u00e7\u00e3o de centenas de empresas.<\/p>\n

A ideia \u00e9 que o projeto sirva como um complemento, sen\u00e3o uma alternativa, ao programa Ci\u00eancia Sem Fronteiras, que at\u00e9 o final de fevereiro tinha oferecido mais de 22,646 mil bolsas para pesquisadores brasileiros em 16 pa\u00edses – 22,4% da meta de 101 mil bolsas at\u00e9 2015 – conforme anunciou o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient\u00edfico e Tecnol\u00f3gico (CNPq), ligado ao Minist\u00e9rio de Ci\u00eancia, Tecnologia e Inova\u00e7\u00e3o (MCTI), Glaucius Oliva.<\/p>\n

“Temos enviado professores e pesquisadores da Coppe para estadas curtas nas institui\u00e7\u00f5es chinesas. Queremos ampliar a coopera\u00e7\u00e3o e dar apoio aos grupos brasileiros com interesse no pa\u00eds asi\u00e1tico”, diz Segen Estefen, diretor de tecnologia e inova\u00e7\u00e3o do Coppe\/UFRJ e um dos diretores do centro conveniado em Pequim. O Coppe\/UFRJ formou, no final de 2012, os dois primeiros doutores chineses do Centro.<\/p>\n

Coppe<\/strong> – O Coppe foi iniciado com o apoio da Finep, a Ag\u00eancia Brasileira da Inova\u00e7\u00e3o, uma empresa p\u00fablica vinculada ao MCTI, e foi ampliado no caso das pesquisas em petr\u00f3leo com o aporte da ANP (Ag\u00eancia Nacional do Petr\u00f3leo) e da empresa chinesa Sinochem, que atua no Brasil.<\/p>\n

Conforme Estefen, a ideia do projeto \u00e9 alinhar as pesquisas brasileiras com as chinesas e aproximar a pesquisa nacional e demais setores da economia brasileira “que possam se beneficiar da aproxima\u00e7\u00e3o \u00e0 intelig\u00eancia chinesa”.<\/p>\n

“No setor do petr\u00f3leo temos grande capacita\u00e7\u00e3o nas tecnologias para \u00e1guas profundas, enquanto nossos colegas chineses dominam grande parte das tecnologias complexas de perfilagem de po\u00e7os”, aponta o engenheiro.<\/p>\n

O novo boom chin\u00eas<\/strong> – Durante a visita oficial da presidente Dilma Rousseff a Pequim em 2011, diversos acordos de entendimento foram assinados entre os dois pa\u00edses para o desenvolvimento de centros de pesquisa binacionais e de transfer\u00eancia tecnol\u00f3gica. “Nosso minist\u00e9rio est\u00e1 engajado em concretizar esses acordos entre os dois pa\u00edses”, garantiu Wang durante encontro ocorrido em Pequim na universidade Tsinghua no in\u00edcio de mar\u00e7o, que contou com a presen\u00e7a da diretoria do Coppe do Brasil e da China, al\u00e9m de representantes do governo brasileiro e do BNDES.<\/p>\n

Durante a visita ao Brasil no ano passado do ministro de Ci\u00eancia e Tecnologia da China, Wang Gang, foi reiterada a inten\u00e7\u00e3o de organizar um semin\u00e1rio com o Brasil sobre parques tecnol\u00f3gicos ainda no primeiro semestre de 2013, al\u00e9m de uma segunda rodada do Di\u00e1logo de Alto N\u00edvel em Ci\u00eancia e Tecnologia em setembro. A primeira edi\u00e7\u00e3o do di\u00e1logo ocorreu em Pequim em abril de 2011, durante visita da presidente Dilma.<\/p>\n

Parte do plano mandarim \u00e9 transformar o pa\u00eds do “made in China” (feito na China) no do “developed in China” (desenvolvido na China), e vender essa nova faceta para o mundo da mesma forma que vendeu a f\u00e1brica barata de produtos de qualidade baixa. E o Coppe dever\u00e1 liderar os projetos iniciados entre os dois pa\u00edses para a comercializa\u00e7\u00e3o de novas tecnologias e a aproxima\u00e7\u00e3o das universidades brasileiras \u00e0 realidade norte-americana que mant\u00e9m coopera\u00e7\u00f5es bastante pr\u00f3ximas entre universidades e empresas.<\/p>\n

Este \u00e9 o primeiro est\u00e1gio da coopera\u00e7\u00e3o entre a UFRJ e a Tsinghua. “Estamos identificando empresas e tecnologias dos dois pa\u00edses que podem ter sinergias para o estabelecimento de neg\u00f3cios conjuntos na \u00e1rea tecnol\u00f3gica. Tivemos na delega\u00e7\u00e3o brasileira um representante do BNDES, que est\u00e1 atento e interessado em apoiar iniciativas oriundas desta coopera\u00e7\u00e3o e que possam atingir os dois mercados”.<\/p>\n

No Brasil, o envolvimento de empresas em pesquisas cient\u00edficas fica em 42,7%, abaixo dos 70% realizados em pa\u00edses considerados inovadores.<\/p>\n

Enquanto a preocupa\u00e7\u00e3o no lado brasileiro reside na transfer\u00eancia de tecnologia para o Pa\u00eds, a China procura um entendimento com a \u00e1rea comercial e a propriedade intelectual. Para Wang, os pesquisadores necessitam, al\u00e9m de um incentivo governamental para suas pesquisas, um enfoque empresarial para seus projetos. “\u00c9 preciso pesquisar novos modelos comerciais, al\u00e9m dos tecnol\u00f3gicos. Falar da transfer\u00eancia tecnol\u00f3gica por si n\u00e3o \u00e9 o caminho, e sim uma discuss\u00e3o em torno da pesquisa de novos modelos de comercializa\u00e7\u00e3o tecnol\u00f3gica”.<\/p>\n

Em um novo acordo entre o Minist\u00e9rio das Finan\u00e7as e o de Ci\u00eancia e Tecnologia chineses, anunciado em janeiro deste ano, debateu-se a cria\u00e7\u00e3o de pol\u00edticas de apoio para o setor de pesquisa e desenvolvimento no pa\u00eds. Bancos em Pequim e nas prov\u00edncias de Jiangsu e Guangdong tamb\u00e9m est\u00e3o trabalhando em apoios especiais para empresas de pequeno porte que necessitem de apoio fiscal e financeiro para desenvolvimento de tecnologia em ind\u00fastrias emergentes. (Fonte: Terra)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

O Brasil, com sua matriz energ\u00e9tica considerada uma das mais “limpas” do mundo, com 45% proveniente de fontes renov\u00e1veis, e China, a maior poluidora do planeta, est\u00e3o trabalhando em conjunto para desenvolver pesquisas que auxiliem no desenvolvimento de intelig\u00eancia em novas energias com enfoque comercial. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[35],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/92901"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=92901"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/92901\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=92901"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=92901"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=92901"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}