Muitos banhistas conhecem a sensa\u00e7\u00e3o de estar nadando na praia e, de repente, ter uma sacola pl\u00e1stica enrolada em sua perna. O incidente n\u00e3o \u00e9 fruto do acaso, mas sim, segundo especialistas, consequ\u00eancia das entre 100 e 150 milh\u00f5es de toneladas de lixo que est\u00e3o espalhadas pelos oceanos. E o volume, alertam, est\u00e1 aumentando \u2013 s\u00f3 de pl\u00e1stico s\u00e3o cerca de 6,5 milh\u00f5es de toneladas por ano.<\/p>\n
Segundo o Programa das Na\u00e7\u00f5es Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), aproximadamente 13 mil part\u00edculas de pl\u00e1stico boiam por quil\u00f4metro quadrado de oceano. Em meados de abril, a ONG Grupo para Prote\u00e7\u00e3o do Meio Ambiente e da Natureza (Bund, na sigla em alem\u00e3o) entregou o manifesto “Oceano sem pl\u00e1stico” ao ministro do Meio Ambiente da Alemanha, Peter Altmaier.<\/p>\n
O grupo pede a redu\u00e7\u00e3o de 50% do lixo nos mares europeus at\u00e9 2020. Especialmente problem\u00e1ticas s\u00e3o as sacolas e embalagens de pl\u00e1stico, que podem demorar at\u00e9 500 anos para se decompor. Quando pequenas, muitas vezes elas n\u00e3o conseguem ser filtradas nas esta\u00e7\u00f5es de tratamento de esgoto.<\/p>\n
A maior parte do lixo no oceano \u2013 cerca de 80% \u2013 \u00e9 jogada diretamente de \u00e1reas costeiras. O lixo depositado em aterros sanit\u00e1rios \u00e0 c\u00e9u aberto, como os de Inglaterra e Holanda, podem ir parar em rios e, dessa maneira, ser conduzido at\u00e9 os oceanos, explica Nadja Ziebarth, especialista em prote\u00e7\u00e3o marinha do Bund.<\/p>\n
A pesca tamb\u00e9m produz lixo. Por exemplo, quando redes s\u00e3o descartadas no mar. As consequ\u00eancias para os animais s\u00e3o dr\u00e1sticas. “Eles n\u00e3o enxergam o lixo na \u00e1gua, acabam ficando embara\u00e7ados, podem se machucar gravemente e at\u00e9 morrer”, conta Ziebarth.<\/p>\n
Peixes confundem pl\u00e1stico com alimento<\/strong> – Part\u00edculas de lixo muito pequenas podem ser confundidas com comida. “Os animais comem esse lixo, mas n\u00e3o conseguem digeri-lo. Ele permanece no est\u00f4mago e, nos casos mais graves, esses seres vivos podem morrer de fome “, conta a especialista.<\/p>\n Essa polui\u00e7\u00e3o pode atingir tamb\u00e9m os seres humanos. O pl\u00e1stico no est\u00f4mago de peixes gera subst\u00e2ncias t\u00f3xicas, que acabar\u00e3o contaminando as refei\u00e7\u00f5es. “Essas subst\u00e2ncias est\u00e3o presentes na cadeia alimentar marinha”, afirma Kim Detloff, do alem\u00e3o Grupo de Prote\u00e7\u00e3o da Natureza (Nabu).<\/p>\n Na Alemanha, a ag\u00eancia federal de meio ambiente e organiza\u00e7\u00f5es n\u00e3o governamentais propuseram proibir que lojas disponibilizem sacolas pl\u00e1sticas de gra\u00e7a para seus consumidores. A grande maioria dos supermercados no pa\u00eds j\u00e1 adota a medida. O Partido Verde sugeriu um valor de 0,22 euro por sacola.<\/p>\n Em muitos pa\u00edses a proibi\u00e7\u00e3o j\u00e1 existe. Na Irlanda, por exemplo, onde a sacola \u00e9 vendida por 0,90 euro, o consumo diminuiu para 18 sacolas ao ano por pessoa. No Qu\u00eania e em Uganda, sacolas finas foram proibidas, e as permitidas custam caro. Em outros pa\u00edses da \u00c1frica, como Ruanda e Tanz\u00e2nia, h\u00e1 sete anos as sacolas n\u00e3o est\u00e3o mais dispon\u00edveis nas lojas, assim como em Bangladesh e But\u00e3o.<\/p>\n Para o Nabu, somente essa medida n\u00e3o \u00e9 suficiente para resolver o problema. “N\u00f3s precisamos reduzir o consumo de pl\u00e1stico \u2013 o que come\u00e7a com os produtos que podem ser reutilizados e consertados \u2013 e, principalmente, reduzir as embalagens pl\u00e1sticas”, afirma Detloff. Segundo o especialista, a reciclagem e a gest\u00e3o dos res\u00edduos tamb\u00e9m precisam ser melhoradas. (Fonte: Terra)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Elas costumam ser usadas por poucas horas, mas podem demorar at\u00e9 500 anos para se decompor. Risco para os oceanos \u00e9 alto, e especialistas defendem um banimento total das sacolas pl\u00e1sticas gratuitas. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[191,91],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/93857"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=93857"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/93857\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=93857"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=93857"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=93857"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}