A mais ambiciosa e poderosa miss\u00e3o de ca\u00e7a a planetas pode ter um fim prematuro. Mas ainda haver\u00e1 novas descobertas vindas do sat\u00e9lite Kepler durante anos.<\/p>\n
O telesc\u00f3pio da Nasa, ag\u00eancia espacial americana, parou de colher dados cient\u00edficos em 11 de maio, ap\u00f3s a pane de um de seus girosc\u00f3pios.<\/p>\n
S\u00e3o quatro ao todo, e sua fun\u00e7\u00e3o \u00e9 permitir o direcionamento preciso do telesc\u00f3pio para a regi\u00e3o do c\u00e9u escolhida para a pesquisa, onde ele monitora cerca de 150 mil estrelas em busca de sinais de planetas ao seu redor.<\/p>\n
A precis\u00e3o oferecida pelos girosc\u00f3pios \u00e9 de um milion\u00e9simo de grau, e o Kepler poderia operar com s\u00f3 tr\u00eas deles. S\u00f3 que um j\u00e1 havia pifado no ano passado e, agora, outro encalhou.<\/p>\n
O sat\u00e9lite entrou em “modo de seguran\u00e7a” (como um computador dom\u00e9stico quando tem um problema) e sua orienta\u00e7\u00e3o \u00e9 mantida por propulsores. Os engenheiros do projeto elaboram um plano que tentar\u00e1 recuperar um dos dois dispositivos pifados.<\/p>\n
“Qualquer a\u00e7\u00e3o de recupera\u00e7\u00e3o levar\u00e1 tempo”, diz Roger Hunter, gerente da miss\u00e3o. “Possivelmente meses.”<\/p>\n
Futuro da pesquisa<\/strong> – Embora a interrup\u00e7\u00e3o da miss\u00e3o – sem falar no poss\u00edvel t\u00e9rmino – seja desanimadora, \u00e9 importante lembrar que o sat\u00e9lite, lan\u00e7ado em 2009, cumpriu sua meta prim\u00e1ria de operar por 3,5 anos.<\/p>\n Durante esse per\u00edodo, o sucesso foi grande. Al\u00e9m de 132 planetas comprovadamente descobertos, a an\u00e1lise inicial aponta que ainda h\u00e1 2.608 candidatos a verificar, al\u00e9m de outros que podem estar escondidos nos dados brutos.<\/p>\n Com isso, pela primeira vez os astr\u00f4nomos puderam estimar de forma realista o n\u00famero de planetas na Via L\u00e1ctea – na casa dos 100 bilh\u00f5es.<\/p>\n Mas o grande pr\u00eamio da ca\u00e7a aos planetas ainda n\u00e3o foi conquistado: a localiza\u00e7\u00e3o de um mundo do exato tamanho da Terra e na mesma posi\u00e7\u00e3o com rela\u00e7\u00e3o a uma estrela similar ao Sol.<\/p>\n Para isso, novos projetos devem pegar o bast\u00e3o de onde o Kepler deixou. Entre eles est\u00e1 seu sucessor direto, batizado pela Nasa de Tess (sigla para Sat\u00e9lite de Pesquisa de Exoplanetas em Tr\u00e2nsito).<\/p>\n “O Tess vai fazer a primeira pesquisa de tr\u00e2nsitos no c\u00e9u inteiro, cobrindo 400 vezes mais c\u00e9u do que qualquer miss\u00e3o anterior”, diz George Ricker, do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), que lidera a miss\u00e3o.<\/p>\n A ESA (ag\u00eancia espacial europeia) tamb\u00e9m trabalha num sucessor para seu pr\u00f3prio sat\u00e9lite ca\u00e7ador de planetas, o Corot. Batizado de Plato, ele ainda n\u00e3o tem data de lan\u00e7amento, mas deve sair depois do americano, programado para 2017.<\/p>\n J\u00e1 o Telesc\u00f3pio Espacial James Webb, da Nasa, ser\u00e1 capaz de sondar at\u00e9 a composi\u00e7\u00e3o atmosf\u00e9rica de alguns exoplanetas rochosos. Pode at\u00e9 pintar o primeiro sinal concreto de um planeta que tenha vida. Mas isso s\u00f3 ap\u00f3s o lan\u00e7amento, em 2018.<\/p>\n Em solo, os instrumentos preferenciais para ca\u00e7ar planetas s\u00e3o os espectr\u00f3grafos, que detectam a assinatura de luz do bamboleio gravitacional de uma estrela, conforme planetas giram ao seu redor.<\/p>\n Uma nova gera\u00e7\u00e3o desses instrumentos est\u00e1 sendo preparada para os grandes telesc\u00f3pios j\u00e1 operacionais, como os do Observat\u00f3rio Europeu do Sul, no Chile. (Fonte: UOL)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" O sat\u00e9lite Kepler parou de colher dados cient\u00edficos em 11 de maio, ap\u00f3s a pane de um de seus girosc\u00f3pios. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[36],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/94794"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=94794"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/94794\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=94794"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=94794"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=94794"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}