Entre primatas, conviver em grandes grupos torna o indiv\u00edduo mais inteligente e ajuda a adquirir novos h\u00e1bitos. Por exemplo, \u00e9 poss\u00edvel aprender com os colegas truques para esconder a comida. \u00c9 o que atestam dois estudos cient\u00edficos publicados esta semana em experimentos feitos com l\u00eamures e macacos-de-cheiro.<\/p>\n
No primeiro estudo, pesquisadores da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, descobriram que o tamanho do grupo dos l\u00eamures influenciava as habilidades cognitivas relacionadas \u00e0s habilidades sociais. Em dois testes, o desempenho de 60 l\u00eamures de seis esp\u00e9cies diferentes foi testado para descobrir qual esp\u00e9cie estava mais propensa a roubar comida, em uma situa\u00e7\u00e3o em que ele achasse que nenhum humano estivesse vendo. <\/p>\n
\u201cConseguimos provar que o tamanho do grupo est\u00e1 relacionado com a capacidade da esp\u00e9cie de resolver problemas sociais\u201d, afirmou ao iG Evan MacLean, pesquisador da Universidade de Duke e autor do estudo publicado no peri\u00f3dico cient\u00edfico PLOS One. O estudo provou que esp\u00e9cies que vivem em grandes grupos tiveram a intelig\u00eancia social favorecida durante a evolu\u00e7\u00e3o sem alterar outras capacidades cognitivas para resolver problemas n\u00e3o sociais.<\/p>\n
MacLean afirma que humanos tamb\u00e9m fazem estes tipos de decis\u00e3o o tempo inteiro. \u201cEstamos conscientes sobre o que os outros podem estar vendo ou n\u00e3o. Alguns dos alicerces para estas habilidades podem ser encontrados tamb\u00e9m em l\u00eamures\u201d, disse.<\/p>\n
No outro estudo, pesquisadores da Universidade de St Andrews, na Esc\u00f3cia, descobriram que macacos-de-cheiro, uma esp\u00e9cie de primatas da Am\u00e9rica do Sul, quando bem integrados ao grupo aprendem novos h\u00e1bitos culturais de modo mais r\u00e1pido e \u00e0s vezes melhor do que seus pares menos populares, assim como os humanos.<\/p>\n
A equipe acompanhou as intera\u00e7\u00f5es sociais dos macacos, registrando quanto tempo eles perdiam com cada indiv\u00edduo quando eles estavam pr\u00f3ximos a uma fruta artificial que poderia ser manipulada.<\/p>\n
\u201cDescobrimos que a posi\u00e7\u00e3o de um indiv\u00edduo dentro do seu grupo influencia sua aquisi\u00e7\u00e3o de inova\u00e7\u00f5es\u201d, disse em um comunicado Andy Whiten, autor do estudo publicado no peri\u00f3dico Current Biology. (Fonte: Portal iG)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"