{"id":96161,"date":"2013-07-12T00:00:24","date_gmt":"2013-07-12T03:00:24","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=96161"},"modified":"2013-07-11T22:02:49","modified_gmt":"2013-07-12T01:02:49","slug":"atmosfera-do-futuro-diminuira-producao-de-alimentos-diz-pesquisa-da-usp","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2013\/07\/12\/96161-atmosfera-do-futuro-diminuira-producao-de-alimentos-diz-pesquisa-da-usp.html","title":{"rendered":"Atmosfera do futuro diminuir\u00e1 produ\u00e7\u00e3o de alimentos, diz pesquisa da USP"},"content":{"rendered":"
Em maio foi atingido o recorde de concentra\u00e7\u00e3o de di\u00f3xido de carbono no ar, 400 partes por milh\u00e3o – e este patamar deve ser comum nos pr\u00f3ximos anos. Mas na pr\u00e1tica, o que ele significa? Redu\u00e7\u00e3o na produ\u00e7\u00e3o agr\u00edcola de alimentos como o arroz, feij\u00e3o, soja, milho e trigo, segundo pesquisadores do Cena (Centro de Energia Nuclear na Agricultura), unidade da USP (Universidade de S\u00e3o Paulo) em Piracicaba, que simularam um ambiente saturado de CO2.<\/p>\n
J\u00e1 a cana-de-a\u00e7\u00facar e as pastagens teriam incremento na produ\u00e7\u00e3o com o aumento da concentra\u00e7\u00e3o do CO2. Mas antes de ver um “lado bom”, Adibe Luiz Abdalla, professor do Cena\/USP e orientador do trabalho, faz um alerta: a braqui\u00e1ria, gram\u00ednea largamente utilizada para alimenta\u00e7\u00e3o de gado, apresentou crescimento 20% superior do que as plantas em ambiente normal, por\u00e9m esse crescimento tamb\u00e9m tornou o capim menos digest\u00edvel para o animal.<\/p>\n
Com mais g\u00e1s carb\u00f4nico, a planta produz 5% menos folhas e tem os talos, que t\u00eam fibras indigestas, aumentados em 8%. Assim, a braqui\u00e1ria perde valor nutricional e aumenta ainda mais a emiss\u00e3o de metano pelos bovinos, o que significa mais gases do efeito estufa.<\/p>\n
Os cientistas criaram uma \u00e1rea controlada onde a concentra\u00e7\u00e3o do di\u00f3xido de carbono na atmosfera seria de 550 ppm (parte por milh\u00e3o), o que corresponde a estimativa que seria alcan\u00e7ada em 30 anos. Atualmente, temos entre 370 e 390 ppm na atmosfera.<\/p>\n
“A eleva\u00e7\u00e3o de CO2 aumenta a fotoss\u00edntese e a produ\u00e7\u00e3o de biomassa na braqui\u00e1ria”, explica Abdalla. Por\u00e9m, o algod\u00e3o tamb\u00e9m sofrer\u00e1 com uma menor produtividade.<\/p>\n
Outra pesquisadora da Embrapa Jaguari\u00fana, local onde foi feito o experimento, est\u00e1 avaliando o impacto no caf\u00e9 e a qualidade do gr\u00e3o. J\u00e1 se sabe que com o ambiente modificado a planta pode crescer e produzir mais, contudo a qualidade do gr\u00e3o e a fragilidade para doen\u00e7as tamb\u00e9m tendem a aumentar, o que coloca os pesquisadores em alerta.<\/p>\n
O campo da Embrapa, que fica no munic\u00edpio de Jaguari\u00fana\/SP, \u00e9 onde est\u00e1 localizado este experimento. A \u00e1rea possui 12 redond\u00e9is, com 10 metros de di\u00e2metro, nos quais seis s\u00e3o equipados com inje\u00e7\u00f5es de C02 em seu interior, criando a atmosfera de CO2 elevado. A outra metade possui atmosfera ambiente. (Fonte: UOL)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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