{"id":98188,"date":"2013-09-17T00:00:38","date_gmt":"2013-09-17T03:00:38","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=98188"},"modified":"2013-09-16T22:02:05","modified_gmt":"2013-09-17T01:02:05","slug":"animais-pequenos-veem-o-mundo-em-camera-lenta-diz-estudo","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2013\/09\/17\/98188-animais-pequenos-veem-o-mundo-em-camera-lenta-diz-estudo.html","title":{"rendered":"Animais pequenos veem o mundo em c\u00e2mera lenta, diz estudo"},"content":{"rendered":"
Animais pequenos tendem a perceber o mundo em c\u00e2mera lenta, segundo uma nova pesquisa. Isso significa que eles conseguem observar o movimento de maneira mais detalhada que criaturas maiores, permitindo que escapem de predadores.<\/p>\n
Insetos e p\u00e1ssaros pequenos, por exemplo, podem ver mais informa\u00e7\u00f5es em um segundo do que um animal como o elefante. O estudo foi divulgado na publica\u00e7\u00e3o cient\u00edfica “Animal Behaviour”.<\/p>\n
‘A habilidade para perceber o tempo em escalas muito pequenas pode ser a diferen\u00e7a entre a vida e a morte para organismos que se movem rapidamente como predadores e suas presas’, disse o principal autor da pesquisa, Kevin Healy, do Trinity College Dublin, na Irlanda.<\/p>\n
Em animais grandes, foi detectado o efeito contr\u00e1rio, estes podem n\u00e3o enxergar coisas que as criaturas pequenas percebem rapidamente.<\/p>\n
‘Goleiro acelerado’<\/strong> – Nos seres humanos, a velocidade de percep\u00e7\u00e3o de informa\u00e7\u00f5es varia de indiv\u00edduo para indiv\u00edduo. Os atletas, por exemplo, frequentemente processam a informa\u00e7\u00e3o visual mais rapidamente. Um goleiro experiente seria mais r\u00e1pido do que outras pessoas ao observar de onde vem a bola.<\/p>\n A velocidade com a qual humanos absorvem a informa\u00e7\u00e3o visual tamb\u00e9m est\u00e1 relacionada \u00e0 idade, segundo Andrew Jackson, coautor do trabalho sobre os animais. ‘Pessoas mais jovens reagem mais rapidamente do que as mais velhas e essa habilidade diminui com o aumento da idade.’<\/p>\n A equipe analisou a varia\u00e7\u00e3o da percep\u00e7\u00e3o do tempo em uma variedade de animais. Os cientistas coletaram dados de outras equipes que usaram uma t\u00e9cnica chamada de perimetria flicker para medir a frequ\u00eancia de fus\u00e3o cr\u00edtica, ou seja, a velocidade com a qual o olho consegue processar a luz.<\/p>\n Ao transformar estes dados em um gr\u00e1fico, os pesquisadores descobriram um padr\u00e3o que mostravam uma forte rela\u00e7\u00e3o entre o tamanho do corpo e a rapidez com a qual o olho consegue responder a mudan\u00e7as na informa\u00e7\u00e3o visual como, por exemplo, uma luz que pisca.<\/p>\n ‘De uma perspectiva humana, nossa habilidade para processar a informa\u00e7\u00e3o visual limita nossa habilidade para dirigir carros ou avi\u00f5es mais r\u00e1pido do que conseguimos atualmente na F\u00f3rmula 1. Esses pilotos est\u00e3o testando os limites do que \u00e9 humanamente poss\u00edvel’, disse Jackson \u00e0 BBC. ‘Por isso, ir mais rapidamente iria requerer ou a ajuda de computadores ou uma melhoria do nosso sistema visual atrav\u00e9s de drogas ou at\u00e9 implantes.’<\/p>\n Tatu-bola confuso<\/strong> – O estudo atual se concentra nos vertebrados, mas a equipe tamb\u00e9m descobriu que diversas esp\u00e9cies de moscas tamb\u00e9m reagem a est\u00edmulos mais de quatro vezes mais r\u00e1pidos que o olho humano.<\/p>\n Mas alguns tipos de is\u00f3podes marinhos (uma tipo de tatu-bola do mar) tem a rea\u00e7\u00e3o mais lenta de todas as registradas na pesquisa e s\u00f3 consegue perceber uma luz se apagando e acendendo quatro vezes por segundo ‘antes que fiquem confusos e pensem que luz est\u00e1 sempre ligada’, explicou Jackson.<\/p>\n ‘Estamos come\u00e7ando a entender que h\u00e1 um mundo inteiro de detalhes que s\u00f3 alguns animais conseguem perceber e \u00e9 fascinante pensar sobre como eles podem perceber o mundo de um jeito diferente de n\u00f3s.’<\/p>\n Segundo Graeme Ruxton, da Universidade de St. Andrews, na Esc\u00f3cia, que tamb\u00e9m \u00e9 coautor do estudo, ‘ter olhos que atualizem o c\u00e9rebro em frequ\u00eancias mais altas do que os nossos n\u00e3o tem valor se o c\u00e9rebro n\u00e3o conseguir processar essa informa\u00e7\u00e3o igualmente r\u00e1pido.’ ‘Por causa disso, este trabalho mostra as capacidades impressionantes do c\u00e9rebro, mesmo os dos menores animais. Moscas podem n\u00e3o ser grandes pensadoras, mas podem tomar boas decis\u00f5es muito rapidamente’, afirma. (Fonte: G1)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"