{"id":99964,"date":"2013-11-13T00:00:49","date_gmt":"2013-11-13T02:00:49","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=99964"},"modified":"2013-11-12T22:38:31","modified_gmt":"2013-11-13T00:38:31","slug":"cientistas-divergem-se-tufoes-estao-mais-frequentes-e-devastadores","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2013\/11\/13\/99964-cientistas-divergem-se-tufoes-estao-mais-frequentes-e-devastadores.html","title":{"rendered":"Cientistas divergem se tuf\u00f5es est\u00e3o mais frequentes e devastadores"},"content":{"rendered":"

Nos \u00faltimos anos, as not\u00edcias sobre ciclones devastadores parecem estar se tornando mais frequentes. Mas, segundo o meteorologista Christian Herold, do Servi\u00e7o Meteorol\u00f3gico da Alemanha, essa constata\u00e7\u00e3o \u00e9 enganosa. “Nas \u00faltimas d\u00e9cadas n\u00e3o h\u00e1 uma tend\u00eancia clara em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 frequ\u00eancia de ciclones”, afirma.<\/p>\n

Segundo o especialista, isso ocorre porque os dados dispon\u00edveis abrangem um curto per\u00edodo, j\u00e1 que desde apenas algumas poucas d\u00e9cadas \u00e9 poss\u00edvel medir ciclones por sat\u00e9lite.<\/p>\n

Ciclones tropicais s\u00e3o classificados por meteorologistas de acordo com a sua intensidade, em uma escala que mede a velocidade de seus ventos dividida em cinco categorias, sendo a quinta a mais violenta.<\/p>\n

Al\u00e9m da velocidade, a escala abrange a precipita\u00e7\u00e3o e os preju\u00edzos causados. Com uma velocidade de mais de 350 km\/h, o tuf\u00e3o Haiyan foi classificado na categoria 5. “Um ciclone com a velocidade que atingiu as Filipinas nunca havia sido observado”, diz o pesquisador Friedrich-Wilhelm Gerstengarbe do Instituto para Pesquisa sobre Efeitos Clim\u00e1ticos de Potsdam. Ele diz que o Haiyan absorveu muito vapor d’\u00e1gua, o que ocasionou chuvas intensas e enchentes.<\/p>\n

Um ciclone tropical surge quando a \u00e1gua do mar, numa temperatura de ao menos 26\u00b0C, evapora. O vapor se condensa, o ar se aquece e sobe, empurrando ar frio para cima. A rota\u00e7\u00e3o da terra faz com que essa corrente de ar gire. Quando o ciclone atinge a costa, ele libera toda a energia acumulada sobre a terra.<\/p>\n

Mais for\u00e7a<\/strong> – A maioria dos pesquisadores concorda que n\u00e3o houve um aumento na frequ\u00eancia de ciclones nas \u00faltimas d\u00e9cadas. Mas, segundo Gerstengarbe, a capacidade de destrui\u00e7\u00e3o deles ficou maior. “Surgem mais ciclones tropicais avaliados na categorias 3, 4 ou 5.”<\/p>\n

Em 2008, pesquisadores liderados por Thomas Jagger, da Universidade do Estado da Fl\u00f3rida em Tallahassee, escreveram um artigo no qual afirmam que principalmente a velocidade dos ciclones tropicais sobre o Atl\u00e2ntico aumentou nos \u00faltimos 30 anos.<\/p>\n

J\u00e1 o cientista Kerry Emanuel, do Laborat\u00f3rio Nacional Lawrence Livermore, na Calif\u00f3rnia, concluiu que principalmente os ciclones sobre o noroeste do Pac\u00edfico elevaram sua for\u00e7a de destrui\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

Outros n\u00e3o veem tend\u00eancia alguma e dizem que os estragos s\u00e3o maiores hoje porque os valores dos seguros aumentaram.<\/p>\n

Para Mojib Latif, do Centro Helmholtz de Pesquisa Oce\u00e2nica (Geomar) em Kiel, n\u00e3o \u00e9 surpresa v\u00e1rios estudos apresentarem resultados diferentes. Segundo o pesquisador, a base de dados para fen\u00f4menos raros, como ciclones, \u00e9 muito ruim. Ele compara a situa\u00e7\u00e3o com dados viciados.<\/p>\n

“\u00c9 preciso jog\u00e1-los v\u00e1rias vezes para descobrir se eles est\u00e3o ou n\u00e3o viciados”, diz o pesquisador. No caso dos ciclones, d\u00e1-se o mesmo: se de fato existe uma tend\u00eancia, vai levar um certo tempo at\u00e9 que ela seja constatada.<\/p>\n

Com o aquecimento do mar devido \u00e0s mudan\u00e7as clim\u00e1ticas, h\u00e1 a possibilidade de que os ciclones se tornem mais violentos no futuro. “H\u00e1 regi\u00f5es onde a temperatura do oceano aumentou significativamente, por exemplo no Caribe e no local onde surgiu o Haiyan”, diz Gerstengarbe. Segundo ele, a temperatura da \u00e1gua l\u00e1 \u00e9 de 30\u00b0C, antigamente chegava apenas a 28\u00b0C.<\/p>\n

Mudan\u00e7as clim\u00e1ticas<\/strong> – Quanto mais a \u00e1gua se aquece, melhores s\u00e3o as condi\u00e7\u00f5es para a forma\u00e7\u00e3o de ciclones, diz o meteorologista Sven Pl\u00f6ger. “Quanto mais quente o mar, mais umidade se acumula na atmosfera, e ela \u00e9 a energia para esse fen\u00f4meno”, explica. Ou seja, quanto mais quente o mar fica, maior \u00e9 a possibilidade da exist\u00eancia de ciclones mais fortes.<\/p>\n

Mas Herold refor\u00e7a que esses s\u00e3o apenas modelos. “O sistema \u00e9 muito complexo. Ainda n\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel saber at\u00e9 que ponto um aumento de temperatura influencia realmente a for\u00e7a do ciclone, ou se h\u00e1 uma compensa\u00e7\u00e3o por outro processo. \u00c9 poss\u00edvel que outros par\u00e2metros na atmosfera, que impedem a forma\u00e7\u00e3o de um tuf\u00e3o, modifiquem-se em decorr\u00eancia da elevada temperatura da \u00e1gua”, acrescenta o pesquisador.<\/p>\n

Mas Latif reconhece que a for\u00e7a de Haiyan foi surpreendente. Ele percebeu o fen\u00f4meno como um sinal de alerta e pergunta: “N\u00f3s queremos arriscar que esse modelo esteja certo ou n\u00e3o?” Ativistas exigem que as emiss\u00f5es de di\u00f3xido de carbono sejam reduzidas para evitar a forma\u00e7\u00e3o de ciclones.<\/p>\n

Ainda \u00e9 dif\u00edcil evitar a destrui\u00e7\u00e3o causada por ciclones. Sistemas de alerta auxiliam a curto prazo. Meteorologistas conseguem prever a chegada de um ciclone com at\u00e9 quatro dias de anteced\u00eancia. Mas a evacua\u00e7\u00e3o de uma regi\u00e3o onde moram muitas pessoas em poucos dias \u00e9 quase imposs\u00edvel.<\/p>\n

Segundo Pl\u00f6ger, \u00e9 preciso refletir se n\u00e3o seria o momento de impedir que pessoas voltem a morar nesses locais. “Nunca teremos 100% de seguran\u00e7a. Com ciclones como esse sempre haver\u00e1 riscos”, completa. (Fonte: Terra)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Pesquisadores desconfiam que aquecimento dos oceanos poder\u00e1 produzir ciclones mais fortes e frequentes. Mas um modelo preciso ainda n\u00e3o est\u00e1 dispon\u00edvel. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[146,195,46],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/99964"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=99964"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/99964\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=99964"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=99964"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=99964"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}