Os técnicos da Munich Ré contabilizaram 850 catástrofes naturais (inundações, deslizamentos de terra, tempestades, tremores…), o que significa cem a mais do que no ano anterior, que já se saldara com uma cifra recorde.
O número de catástrofes também aumentou 30% em relação à década dos noventa mas, entretanto, “as destruições provocadas pelos eventos do ano 2000 foram inferiores” às de 1999, revelou a Munich Ré.
O prejuízo econômico deste ano foi avaliado em algo mais de 30 bilhões de dólares frente aos 100 bilhões de dólares do ano anterior. O prejuízo assumido pelas companhias de seguros se elevou a 7,5 bilhões de dólares, baixando 65% em relação ao ano passado, segundo o grupo alemão.
Dois fatores explicam estas conclusões: “a ausência de grandes tremores de terra”, uma relativa calma das tempestades na Europa e dos furacões dos Estados Unidos, e o fato de que “um grande número de catástrofes abalou felizmente áreas pouco povoadas” em 2000, assinalou a Munich Ré.
O balanço chegou a 10 mil mortos em 2000 em todo o mundo, frente aos 75.000 de 1999. Só uma verdadeira “grande catástrofe” natural foi registrada este ano segundo a seguradora: as inundações que ocorreram durante várias semanas em Moçambique no começo do ano, que destruíram as casas de 500 mil pessoas.
Na Europa, o ano foi marcado principalmente pelas inundações do Reino Unido (1,5 bilhão de dólares de danos) de outubro e dezembro, assim como pelos deslizamentos de terra e avalanches de lama que ocorreram nos Alpes suíços e italianos durante o outono, os quais deixaram 8,5 bilhões de dólares de prejuízo econômico.
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