O Ibama ? Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis começou na última terça-feira (28), no sudoeste do Pará, uma operação para recuperar todo o mogno que foi apreendido no ano passado por ter sido extraído ilegalmente de reservas indígenas e áreas de proteção ambiental do Estado.
São 35 mil metros cúbicos de mogno, avaliados em R$ 100 milhões, que foram roubados e comercializados ilegalmente por madeireiros, depois de apreendidos e armazenados em áreas indígenas e de proteção ambiental.
Quarenta fiscais do Ibama e 60 soldados do Batalhão de Infantaria e Selva do Exército, além de ativistas do Greenpeace, fazem parte da operação, que poderá durar 80 dias. A exploração do mogno está suspensa desde novembro do ano passado pelo Ibama.
O trabalho começou com a transferência de 14 mil metros cúbicos apreendidos no final do ano passado próximo ao rio Xingu. Parte dessa madeira, cerca de 9 mil metros cúbicos, está sendo removida do Rio Carajari para o Rio Iriri, no sudeste do Pará. A madeira ficará sob a responsabilidade de um fiel depositário que será escolhido pela Justiça Federal.
Os outros 5 mil metros cúbicos, segundo o Ibama, foram extraídos pelas madeireiras Ferreira e CR Almeida em áreas de litígio entre as localidades de Humaitá, Seringal e Monte Alegre, nos Rios Curuá e Pardo, em Altamira.
Segundo o jornal O Estado de São Paulo, o Ibama também investiga denúncia feita na semana passada pelo vereador do município de Redenção, Pedro Tindor (PSDB), sobre 21 mil metros cúbicos de mogno, avaliados em R$ 65 milhões, que teriam sido retirados das terras dos índios caiapós. O vereador assegura que o mogno estaria armazenado em balsas no Lago do Poty, no Rio Xingu, na fronteira do Pará com Mato Grosso e que teria como destino algumas serrarias do município de São Félix do Xingu, no sul do Pará.
REUNIÃO
O ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, e o presidente do Ibama, Hamilton Casara, reúnem-se nesta quinta-feira, em Belém, com o governador do Pará, Almir Gabriel, para tratar de assuntos relacionados à questão ambiental e florestal do estado e à gerência executiva estadual do Ibama.
Sarney Filho participa também do ato de lançamento do Sistema de Licenciamento Ambiental em Propriedades Rurais do Pará; da assinatura do Termo de Compromisso com previsão de liberação de recursos relativos ao sistema de licenciamento; e da assinatura do termo de cooperação técnica entre o Ministério do Meio Ambiente e o governo do Pará. O encontro será realizado às 10h no Palácio dos Despachos, sede do governo paraense.
(ambientebrasil, com informações da Agência Brasil e do jornal O Estado de São Paulo)
