Dezesseis novos postos de saúde serão instalados e outros oito reformados em áreas indígenas. A Funasa Fundação Nacional de Saúde disponibiliza, este ano, R$ 2.019.748,00 para obras de construção e reforma de pólos base e postos de saúde em nove estados brasileiros para oferecer assistência à saúde dos índios. As obras fazem parte de um projeto maior do governo federal, que tem como objetivo a melhoria da qualidade de vida de toda a população indígena brasileira, composta por aproximadamente 430 mil pessoas.
Serão construídos oito pólos nos estados do Ceará (3), Pernambuco (3) e Alagoas (2). Outros seis, serão reformados na Bahia (5) e em Roraima (1). Os novos postos de saúde, no total de 16, serão instalados em Mato Grosso do Sul (5), Maranhão (3), Pernambuco (2) e Alagoas (6). As reformas ocorrerão em postos de Pernambuco (1), Pará (5) e Minas Gerais (2). O projeto está na fase de processo licitatório, que deve ser concluído neste ano.
Respeito às características locais – Os postos de saúde, a serem entregues pela Funasa, serão construídos de acordo com a necessidade de cada localidade. Podem ser do tipo I, com estrutura simplificada, representando a porta de entrada na rede hierarquizada de serviços de saúde. É a infra-estrutura física necessária para o desenvolvimento das atividades do agente indígena de saúde, com supervisão da equipe multidisciplinar de saúde indígena, composta por médico, enfermeiro, odontólogo e auxiliares de enfermagem. Nele, são desenvolvidas atividades como o acompanhamento do desenvolvimento infantil e de gestantes, o atendimento aos casos de doenças mais freqüentes, como infecção respiratória aguda, diarréia e malária.
Além disso, no local é feito o acompanhamento de pacientes crônicos e de tratamentos de longa duração. São desenvolvidas ainda atividades de primeiros socorros, promoção da saúde e prevenção de doenças de maior prevalência, acompanhamento de imunização, ações de educação sanitária e atividades de apoio à equipe multidisciplinar. Os postos de saúde do tipo II são estrategicamente localizados para servir de referência aos agentes indígenas de saúde e apoiar a equipe multidisciplinar. Este tipo de unidade tem como característica principal e diferencial a atuação contínua de um auxiliar de enfermagem e infra- estrutura física capaz de alojar a equipe multidisciplinar.
Além das ações desenvolvidas no posto de saúde do tipo I, são feitas atividades de controle de doenças transmissíveis, coleta de material para exame, vigilância epidemiológica e nutricional e coleta e análise sistemática de dados. Já os pólos base são estabelecimentos de referência para um conjunto de aldeias. Eles representam a referência para o auxiliar de enfermagem lotado no posto de saúde do tipo II e para o agente de saúde indígena lotado no posto de saúde do tipo I. Cada um deles contará com lotação permanente de equipe multidisciplinar de saúde indígena. A principal missão do pólo base é promover a saúde nas aldeias por meio de assistência aos casos não solucionados nos postos de saúde. Além da assistência, será responsável pela capacitação e supervisão da atuação dos agentes indígenas de saúde.
O pólo base do tipo II localiza-se no município de referência. A sua estrutura física é de apoio técnico e administrativo à equipe multidisciplinar, não devendo executar atividades de assistência à saúde. Estas atividades assistenciais serão realizadas em um estabelecimento do SUS – Sistema Único de Saúde no município de referência. Nestas unidades são desenvolvidas atividades de investigação epidemiológica, informação de doenças, coleta de dados e organização do processo de vacinação na área de abrangência além de serem utilizadas para o armazenamento de medicamentos e de material de deslocamento para outras áreas indígenas. Todos os pólos base têm varanda com pias para incentivar a escovação dentária entre os indígenas o armazenamento de medicamentos, de material de deslocamento para outras áreas indígenas. (Com Amazônia)