A organização Human Society International apresentou nesta terça-feira (19), à Justiça australiana uma demanda contra uma empresa japonesa por caçar 428 baleias nos últimos quatro anos em águas protegidas do Território da Antártida.
Nicola Beynon, diretora do programa de vida selvagem da organização, disse que dispõe de provas de que a empresa Kyodo Senpaku caçou dentro do Santuário de Baleias e que pagou mais de 8,4 milhões de dólares ao governo japonês para conseguir a permissão. Segundo o grupo, representado pelo advogado Stephen Gageler, a companhia japonesa planeja continuar com a caça e capturar mais baleias dentro da Zona Econômica Exclusiva australiana.
Caso continue, a empresa violaria a Lei de Conservação da Biodiversidade e do Meio Ambiente que entrou em vigor na Austrália em julho de 2000 e da qual nasceu o Santuário de Baleias. A lei permite a terceiras partes demandar qualquer um que mate ou machuque um cetáceo de forma intencional.
Criada em 1987 da fusão de duas grandes empresas de pesca comercial, Kyodo Senpaku é a única empresa com permissão para caçar baleias e utilizá-las em um programa de pesquisa. A caça comercial deste cetáceo foi proibida no mundo todo em 1986 pela Comissão Internacional de Caça à Baleia (IWC).
Os Governos australiano e neozelandês exigiram repetidas vezes que o Japão revogue as permissões especiais concedidas para sua caça no Oceano Pacífico e utilize somente métodos não letais para o estudo da população das baleias. (Terra.com)