MMA cria comissão para revisar listas de espécies ameaçadas

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, anunciou a criação de uma Câmara Técnica Permanente sobre Espécies Ameaçadas no âmbito da Comissão Nacional de Biodiversidade (CONABIO).

A comissão terá, entre suas atribuições, competência para revisar continuamente as listas nacionais de espécies da fauna, de peixes e invertebrados aquáticos e da flora ameaçados de extinção e também a lista de espécies de peixes e invertebrados aquáticos sobreexplotados ou ameaçados de sobreexplotação.

O anúncio foi feito durante o encerramento do Encontro Nacional de Coordenadores do Projeto de Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira (Probio), realizado em Brasília, com a presença de mais de 120 coordenadores.

A ministra afirmou que a biodiversidade representa um dos maiores desafios para o país e em especial para o Ministério do Meio Ambiente. Ela ressaltou a importância dos projetos apoiados pelo Probio para garantir a conservação e a manutenção dos bens e serviços ambientais derivados da biodiversidade.

A ministra lembrou que na Rio+ 10 o Brasil assumiu o compromisso, juntamente com os outro países signatários da Convenção da Diversidade Biológica, de reduzir significativamente, até 2010, a taxa atual de perda da biodiversidade. “É uma meta ambiciosa que somente será alcançada se países megadiversos, como o Brasil, conseguirem mobilizar os esforços necessários para conter a acelerada taxa de perda da biodiversidade que se observa particularmente nos ecossistemas tropicais”, disse a ministra.

Marina Silva destacou a contribuição do Probio no apoio aos estudos sobre a conservação dos parentes silvestres de plantas cultivadas e de materiais genéticos mantidos em propriedades rurais, entre eles milho, arroz, abóbora, amendoim, algodão, pupunha, caju e mandioca, e na identificação das instituições envolvidas com a conservação recursos genéticos da agrobiodiversidade. “Estes estudos serão fundamentais para orientar políticas públicas na área da agrobiodiversidade e para assegurar o uso seguro de plantas transgênicas no país”, concluiu a ministra.(ASCOM/MMA)