A Organização das Nações Unidas (ONU) está preparando o que espera ser a maior operação de ajuda humanitária da história para lidar com as conseqüências da tragédia. Já foram confirmadas as mortes de quase 77 mil pessoas. Entre elas, dois brasileiros, a diplomata Lyz Amayo de Benedek D´Ávola e seu filho, Gianluca, de 10 anos.
Emergência
Pelo menos 3 milhões de pessoas na região do Oceano Índico precisam de assistência emergencial, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). O diretor da equipe da OMS criada para lidar com a crise, David Nabaro, disse que essas pessoas estão sem comida, água ou condições sanitárias básicas.
A catástrofe de domingo foi causada por um grande terremoto submarino (9 pontos na escala Richter), que, por sua vez, gerou ondas gigantescas´Os efeitos do terremoto, o quarto mais forte desde 1900, foram sentidos da Malásia até a África.
Dívida
O chanceler alemão, Gerhard Schroeder, pediu a suspensão do pagamento das dívidas externas de dois países atingidos, Somália e Indonésia. Dois navios de guerra americanos com cerca de 15 mil soldados e aviões com suprimentos estão indo para as regiões atingidas. Ainda há corpos no meio dos destroços e lixo em algumas áreas e sobreviventes estão catando lixo, procurando por alimentos.
Os Estados Unidos também prometeram destinar à região cerca de US$ 35 milhões. O presidente George W. Bush pediu a criação de uma coalizão internacional, com a Austrália, Índia e Japão, para coordenar a ajuda.A Austrália também prometeu mais de US$ 25 milhões, a maior parte para ajudar a vizinha Indonésia.
Essas áreas enfrentam agora a possibilidade do surgimento de surtos de doenças que, segundo a agência de saúde da ONU, podem dobrar o número de mortos. Sri Lanka, Indonésia, Índia e Tailândia foram os países mais afetados.
Esses países estão enterrando os mortos o mais rápido possível em valas comuns, para tentar evitar epidemias. Aviões com suprimentos estão chegando ao Sri Lanka e uma equipe da ONU também está na ilha para coordenar a ajuda.(BBC)