Bases operativas vão reduzir desmatamento

Um investimento na ordem de R$ 12, 3 milhões está sendo feito pelo Ministério do Meio Ambiente para a criação de Bases Operativas na região oeste do Pará, com o objetivo de reduzir o desmatamento. O diretor de Proteção Ambiental do Ibama – Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis, Flávio Montiel, fez o anúncio do investimento durante visita a Santarém no meio da semana. Montiel disse que a aquisição de equipamentos de última tecnologia está sendo providenciada, e que em alguns municípios estes equipamentos já estão em funcionamento.

Entre os equipamentos, segundo informou Montiel, estão câmeras digitais, aparelhos de GPS – Sistema de Posicionamento Global e lep-tops, que estão sendo distribuídos e devem garantir o fortalecimento da gerência regional do Ibama e dos escritórios nos municípios, que dispõem de estrutura precária. “Todos estão recebendo veículos e programas que podem ajudar a fazer o mapeamento e a identificação do local desmatamento e quando ele ocorre. Isso vai dar mais agilidade para o Ibama”, disse Montiel.

Segundo o diretor, o presidente do Ibama, Marcus Barros, está convocando 60 novos analistas fiscais que pertencem a outras regiões do País para atuar no combate ao desmatamento ilegal na Amazônia. A chegada desses novos fiscais está prevista para o segundo semestre deste ano, segundo informou Montiel. Ele garante que isso vai melhorar o atendimento no órgão, que tem sido motivo de muitas reclamações.

Dificuldade – Após o anúncio do afastamento do chefe da Divisão de Controle de ATPFs – Autorização para Transportes de Produtos Florestais, José Geraldo, o setor madeireiro parou novamente na região. Segundo informações de fontes do Ibama, Geraldo, que desempenhava a função há cerca de um ano e seis meses, continua freqüentando o local de trabalho, mas não assina a liberação das ATPFs.

José Geraldo pediu afastamento em caráter irrevogável após denúncias de que ele havia recebido propina. Ele disse que se sentiu prejudicado com as denúncias e promete não retornar ao cargo enquanto o setor jurídico do Ibama em Santarém não tomar providências. “Em princípio, deu o que falar e muitos chegaram a pensar que fui afastado pela gerência. Muito pelo contrário: pedi meu afastamento e espero que o problema que me levou a isso seja solucionado”, disse.

A falta da assinatura dele impede que produtos extraídos de forma legal sejam conduzidos para exportação. Fontes disseram ainda que o gerente do órgão, Paulo Maier, diz que tudo está sendo feito normalmente, apenas com lentidão, porque os funcionários que assumiram o setor ainda não conseguiram atender a demanda com a mesma eficiência do ex-chefe da divisão. (O Liberal/PA)