Pesquisadores do Instituto de Química (IQ) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) acabam de identificar substâncias antioxidantes no orégano, como o kaempferol.
“O kaempferol, além de colaborar para o rejuvenescimento, tem propriedades anticancerígenas”, disse Rodrigo Catharino, um dos coordenadores da pesquisa, à Agência FAPESP. Além disso, segundo o pesquisador, o ácido quínico, também presente no tempero, pode ter capacidade de evitar a formação de tumores no organismo humano.
As análises, supervisionadas pelo professor Marcos Eberlin, detectaram a presença do kaempferol e do ácido quínico em três tipos de orégano: Origanum dictamus, Origanum vulgare e Origanum marjorana. A técnica de espectrometria de massa foi a responsável por confirmar a presença desses elementos biologicamente ativos.
O alecrim-do-campo também foi alvo dos estudos realizados no IQ. “Identificamos compostos interessantes nessa planta, como o ácido rosmarínico, substância antioxidante e antibactericida”, conta Eberlin.
O grupo de Campinas pretende agora fazer uma ampla biblioteca virtual com informações sobre uma série de temperos de grande potencial econômico. A lista terá canela, cravo-da-índia, salsinha, noz-moscada e orégano.
“Essas informações podem servir de base para a criação de novos alimentos funcionais. A intenção é explorar as funcionalidades dos ingredientes a partir de uma maior base científica”, disse Catharino.
(Thiago Romero/Agência Fapesp)