A temporada 2005 termina com sucesso. Pela primeira vez é possível mensurar a população de baleias francas (Eubalena australis) no país, graças ao monitoramento aéreo da costa gaúcha e catarinense pelo Projeto Baleia Franca desde 1987. Freqüentam a região sul do Brasil 465 baleias, de acordo com as identificações feitas pela equipe do projeto, fundado há 23 anos. O resultado consta na Tese de Doutorado da Bióloga Karina Groch, coordenadora do Projeto Baleia Franca, aprovada com grau máximo no Programa de Biologia Animal da UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul em setembro.
“Somente a nossa metodologia de pesquisa em longo prazo permite a obtenção de tais resultados, sendo consenso dos especialistas sobre a espécie no mundo inteiro. Técnicas de estimativa de baleias francas em curto prazo e usando outras plataformas, como embarcações, não são reconhecidas pela comunidade cientifica, já que pelos hábitos e características da espécie não é possível o registro fiel”, explica Karina, a única doutora em baleias francas no Brasil.
Ela lembra que no início das atividades do Projeto, dado o histórico de caça da espécie no Brasil, eram necessárias semanas percorrendo o sul do Brasil até que uma baleia franca fosse avistada. Já no último vôo, em outubro, foram registrados 10 pares de mãe e filhote. “Avistamos algumas baleias que estavam aqui desde agosto, inclusive a mãe com o filhote branquinho que vimos no vôo de setembro” – comemora Karina – “e os filhotes avistados já estão bastante grandes”. Este vôo foi acompanhado por um dos mais conceituados fotógrafos de natureza do Brasil, Haroldo Palo Jr., que ficou entusiasmado com a majestade destes animais. Karina ressalta que há ainda cinco pares de mãe com seus filhotes na região, os quais devem iniciar em poucos dias a migração de volta às águas geladas da Antártida.
O Projeto foi fundado em 1982 por José Truda Palazzo Jr, com o apoio do Vice-Almirante Ibsen de Gusmão Câmara. É hoje mantido pela IWC/BRASIL – Coalizão Internacional da Vida Silvestre, em parceria com a Petrobras. (PalavraCom)
Por que capturar um inseto pode acabar em multa
Em 21 de junho, Luís Paulo dos Santos Pereira, estudante de Engenharia Florestal da Universidade de Brasília (UnB), andava por uma área do Serviço Florestal Brasileiro, ao lado do campus universitário, com uma rede coletando insetos para uma tarefa de aula, quando foi abordado e multado por um fiscal do Ibama.
