Opas e Unicef pedem empenho de governos contra a Aids nos jovens

A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) desenvolve a partir deste ano vários projetos que visam a melhorar a condição de vida das crianças e adolescentes. Dentre as metas da instituição, estão a ênfase à prevenção da transmissão materno-infantil (vertical) de Aids e a melhoraria os serviços para as crianças com HIV, especialmente no tocante à integração destes serviços com a preparação mais adequada de suas famílias. A Aids é também um importante tópico da publicação intitulada “Estado Mundial da Infância 2006: Excluídos e invisíveis” do Unicef. No informe o Unicef aborda Aids, exclusão e outros problemas que afetam crianças e adolescentes.

Segundo o site da OPAS, a preocupação com a propagação do vírus da Aids em jovens pode parecer demasiada ao público leigo, em princípio, mas torna-se evidente a necessidade de atenção quando este é informado de que cerca de seis mil pessoas entre 15 e 24 anos são infectadas a cada dia pelo vírus da Aids no mundo. Estima-se também, segundo informa a Organização, que existam 740 mil jovens, entre 15 e 24 anos, portadores do vírus na América Latina. Para a Opas, os números atestam que a Aids se transformou em uma doença de adolescentes e jovens.

A Aids é apenas uma das mazelas que vitimizam a juventude. Há outras indicadas no informe da Opas como a violência, o abuso, a miséria e o abandono. O ano de 2006 traz, segundo a entidade, a necessidade de unir esforços para combater problemas de tamanha gravidade. A Opas e o Unicef ressaltam em suas publicações a urgência de um trabalho conjunto. Segundo elas, não apenas os organismos internacionais devem lutar para a melhora da qualidade de vida dos jovens; os governos, por exemplo, desempenham importantes papéis. De acordo com os órgãos mundiais os governos contribuem investigando, aprimorando a legislação e promovendo inclusão social através de políticas públicas. A médica Chessa Lutter da Opas diz no informe: “exige-se criar um entorno protetor para a infância” e amplia ainda mais o grupo dos envolvidos no combate a estes problemas, enfatizando que “esta é uma responsabilidade de todos, dos governos, da sociedade civil e das instituições internacionais“. (Fonte: Agência Notisa (jornalismo científico – science journalism)