Biólogos marinhos da Universidade de Aberdeen, na Escócia, decobriram que os oceanos abissais parecem estar livres de tubarões. O estudo, publicado nesta quarta-feira (22) na revista científica da Royal Society da Grã-Bretanha, explica que os tubarões são encontrados em todo o planeta e se esperava que novas espécies seriam descobertas à medida em que explorações chegassem a maiores profundidades.
Mas 20 anos de exploração, combinada com análises de informações colhidas nos últimos 150 anos, convenceram os pesquisadores de que 70% dos oceanos não têm tubarões. A profundidade média dos oceanos é de 4 mil metros e peixes como o celcanto vivem a mais de 9 mil metros de profundidade.
Hipótese – De acordo com os biólogos que realizaram o estudo, uma possível razão para a inexistência de tubarões em águas de muita profundidade seria a falta de comida. O professor Monty Priede, diretor do Oceanlab da Universidade de Abeerden afirma que “os tubarões estão provavelmente confinados a 30% dos oceanos”.
Ele ressaslta que todas as populações de tubarões estariam conseqüentemente a mercê da pesca humana , perto da superfície ou nas bordas de águas mais pfoundas.
“Os tubarões estão ameaçados em todo o mundo pela intensidade da atividade pesquira”, afirma Priede, que acredita que o estudo mostra que eles podem estar “mais vulneráveis à pesca indiscriminada do que se acreditava”.
Entre as fontes de informação usadas pelos cientistas para basear suas conclusões, estão grandes expedições à Dorsal Meso Atlântica (Mid-Atlantic Ridge), uma cadeia de montanhas no meio do Oceano Atlântico, entre a Islândia e a ilha de Açores, em 2004.
A equipe também compilou informações de robôs submarinosn envioados nos últimos 20 anos para explorar o Atlântico Sul, as ilhas Malvinas (Falklands) e em águas profundas em todo o mundo. A Universidade de Aberdeen foi pioneira na construção dos robôs submarinos. (BBC Brasil/ Folha Online)