As autoridades argentinas estenderam nesta sexta-feira (24) a proibição de entrada no mercado da Argentina das carnes bovinas do Paraná, medida que já estava vigente para o mesmo tipo de carnes do estado de Mato Grosso do Sul. Em ambos os casos, a proibição segue a lógica de que nesses dois estados do sul do Brasil foram registrados focos de febre aftosa ultimamente.
Uma resolução das autoridades sanitárias argentinas publicada nesta sexta-feira no Diário Oficial aponta que a carne importada do Brasil “deverá ter sua origem em fazendas que trabalhem, processem e armazenem somente bovinos e carnes bovinas que não procedam” dos dois estados afetados.
A norma ordena que “seja garantido que o tratamento e o transporte das carnes, posterior à tarefa, sejam realizadas de forma tal que não sejam expostas a nenhuma fonte potencial de contaminação com o vírus da febre aftosa”.
O Ministério de Agricultura e Pecuária do Brasil confirmou esta semana seis novos focos de aftosa em fazendas do estado do Paraná, que faz fronteira com Argentina e Paraguai, que se soma a outro detectado em outubro no Mato Grosso do Sul.
Doença no país vizinho – Por sua vez, a Argentina comunicou em 8 de fevereiro a existência de um foco de aftosa no departamento San Luis del Palmar, na província de Corrientes, no nordeste do país, a 25 quilômetros da fronteira com o Paraguai. As 70 cabeças de gado infectadas foram sacrificadas junto a outros 3 mil animais que estiveram em contato com esse lote.
O mais recente relatório do serviço sanitário indica que são 19 os mercados de exportação que restringiram a entrada de carnes argentinas. (Estadão Online)