Quase um quarto das doenças globais é causado por fatores ambientais evitáveis, gerando uma taxa de 13 milhões de mortes por ano, informou a Organização Mundial de Saúde em um relatório na sexta-feira (16).
Tais fatores incluem água poluída, combustível perigoso, edifício com pouca segurança e trânsito agitado, que são responsáveis por um terço das mortes nos países em desenvolvimento, segundo a OMS.
Prevenir riscos ambientais pode salvar até 4 milhões de vidas por ano, principalmente em países em desenvolvimento, acredita a agência de saúde da ONU.
A OMS informou que seu estudo é o mais abrangente e sistemático realizado até o momento sobre como os perigos ambientais previsíveis contribuem para um vasto leque de doenças.
“Nós sempre soubemos que o meio ambiente influencia a saúde profundamente, mas estas estimativas são as melhores até agora”, afirma Doutor Anders Nordstrom, que lidera a OMS.
“Isto irá nos ajudar a demonstrar que esse investimento sábio para se criar um ambiente sustentável pode ser uma estratégia bem sucedida para se promover a saúde e alcançar o desenvolvimento sustentável”, acrescenta.
Mais de 40% das mortes por malária e uma estimativa de 94% das mortes por diarréia – duas das maiores doenças que matam crianças no mundo, poderiam ser prevenidas com um melhor gerenciamento do meio ambiente, de acordo com a OMS.
Além de diarréia e malária, outros dois problemas sérios de saúde influenciados pelo ambiente mal cuidado são as infecções respiratórias e as várias formas de machucados acidentais.
Apontando medidas potenciais para reduzir o problema, a OMS citou o armazenamento seguro de água e melhores medidas higiênicas, assim como melhor administração dos recursos hídricos.
Crucial também é o uso de limpadores de combustíveis mais seguros, o aumento da segurança nos ambientes construídos e o uso mais cauteloso de substâncias tóxicas em casa e no trabalho.
O relatório disse que, de uma maneira ou de outra, o ambiente afeta significativamente mais de 80% as condições de alguém que já possui outras doenças graves como câncer e problemas cardíacos. (Sabrina Domingos/ CarbonoBrasil)