Uma investigação da OMS – Organização Mundial da Saúde mostra que o vírus H5N1 sofreu uma leve mutação ao atingir um núcleo familiar na ilha de Sumatra, na Indonésia, mas especialistas ainda insistem que a mudança genética não aumentou o risco de uma pandemia da doença atingir seres humanos.
A forma H5N1 é a mais letal do vírus da gripe aviária. Desde 2003, a doença já infectou mais de duas centenas de pessoas, metade das quais morreram. Na maioria dos casos, no entanto, a transmissão do mal se deu de um pássaro infectado para um ser humano – a transmissão entre pessoas é difícil e rara. Teme-se que uma mudança genética venha a facilitar o contágio entre seres humanos, o que poderia transformar a doença numa epidemia de proporções globais.
Segundo a OMS, o vírus que infectou oito membros de uma mesma família em maio – matando sete – parece ter sofrido uma mutação no corpo de um menino de 10 anos, que teria transmitido a doença para o pai. Trata-se da primeira evidência de que uma pessoa pegou o vírus de outra e o retransmitiu a uma terceira, diz Tim Uyeki, epidemiologista dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, acrescentando que o vírus mutante morreu com o pai e não seguiu adiante.
“Ele parou. Morreu naquele ponto”, disse Uyeki, acrescentando que vírus sempre sofrem pequenas mudanças e que não há causa para alarme. (AP/ Estadão Online)