Só 2% dos tiranossauros viviam até a velhice

Pela primeira vez, cientistas usaram ossos de um grupo de tiranossauros para traçar uma tabela da taxa de sobrevivência de indivíduos da espécie por faixa etária. O resultado, publicado na edição desta semana da revista Science, mostra uma dinâmica mais próxima à dos grandes mamíferos que à de pássaros ou répteis.

Segundo o estudo de Phillip Currie e Gregory Erickson, o tiranossauro Albertosaurus sarcophagus sofria de grande mortalidade infantil, mas 70% dos que viviam até os dois anos de idade sobreviviam até os 13, quando o animal atingia 60% do tamanho adulto.

A partir daí, a vida se tornava mais difícil: a taxa de mortalidade pulava para 23% ao anos, e apenas 2% dos tiranossauros chegavam a atingir o tamanho adulto completo.

As conclusões foram tiradas de um grupo de 22 Albertosaurus sarcophagus, escavados de um único local de sepultamento. Os primeiros nove foram encontrados em 1910 e os demais, a partir de 1997. Os indivíduos encontrados têm tamanhos que variam entre dois e 10 metros de comprimento total. (Estadão Online)