Os hábitats de tigres ao redor do mundo encolheram 40% na década passada e a sobrevivência da espécie depende de acabar com a caça, trabalhar para reduzir conflitos com humanos e proteger as áreas principais de habitação do animal, de acordo com um estudo publicado nesta quinta-feira (20).
A população mundial de tigres sofreu um grande declínio para cerca de 7.500 espécimes, e os felinos continuam a enfrentar uma série de ameaças – incluindo o contrabando de pedaços de tigre para suprir a demanda de remédios tradicionais na China e no sudeste da Ásia.
Os tigres agora residem em apenas 7% de suas áreas históricas – 40% menos do que há uma década atrás, segundo o Fundo Mundial para a Natureza (WWF).
O estudo, realizado por uma coalizão de grupos conservacionistas, identificou pela primeira vez 76 áreas, a maioria na Ásia, que possuem as melhores chances de manter populações de tigres.
Cerca de metade das 76 áreas pode manter cem tigres e “oferecer excelentes oportunidades para a recuperação das populações de tigres selvagens”, de acordo com o estudo.
Os pesquisadores estão se concentrando em poucas regiões-chave na Índia, o Extremo Leste da Rússia e partes do sudeste da Ásia. As áreas de reprodução dos tigres têm que ser protegidas e os esforços para ligar diferentes hábitats devem ser melhorados, segundo o estudo.
“Nós aprendemos uma série de lições importantes durante a última década, e este estudo fornece um guia para cientistas e os países que detêm a chave para a sobrevivência dos tigres”, disse Mahendra Shrestha, diretor do Fundo Salve os Tigres, da organização americana Fundação Nacional de Pesca e Vida Selvagem, que encomendou o estudo.
Os esforços de conservação até agora ajudaram a estabilizar determinadas populações de tigres, mas muitas iniciativas foram “específicas” e “fizeram pouco para acabar com a crise”, diz o estudo. (AP/ Estadão Online)