Uma fábrica de carvão e coque (derivado do carvão vegetal) que fornecia calor e energia a 710 mil casas e 5 mil hotéis foi a última instalação considerada altamente poluente a abandonar o distrito urbano de Pequim para garantir os Jogos Olímpicos de 2008 livres de poluição.
Segundo o Comitê Organizador de Pequim-2008 (Bocog), a cidade ficará livre de 4,3 bilhões de metros cúbicos de emissões poluentes, conseqüência da queima anual de 2,96 milhões de toneladas de carvão. A indústria fornecia energia às embaixadas, a Zhongnanhai (sede do governo) e aos hotéis de luxo desde os tempos do ditador Mao Tsé-Tung.
“A fábrica foi fundada por necessidades ambientais e fechada também por necessidades ambientais”, disse um alto funcionário da fábrica, que era quase um mito na China. Sua atividade se manteve durante 47 anos, não parando sequer no terremoto de Tangshan (1976).
Pequim prometeu Jogos Olímpicos “verdes”. Em 2002, a administração municipal estabeleceu um plano operacional para transferir todas as empresas poluentes para longe da cidade. (Folha Online)