Os trabalhos do Projeto Quelônios da Amazônia na área de entorno do Parque Nacional do Araguaia iniciados na última semana, estão sendo realizado em parceria com a UFT – Universidade Federal do Tocantins, Superintendência do Ibama no Tocantins, Parque Nacional do Araguaia e Centro de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios – RAN do Ibama.
O projeto Quelônio da Amazônia vem sendo desenvolvido em diversas áreas da região norte e centro-oeste do país desde 1979, pelo Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, com o objetivo básico de promover o manejo e a proteção dos principais quelônios encontrados na Amazônia Brasileira, em destaque Podocnemis expansa (Tartaruga-da-Amazônia) e Podocnemis unifilis (Tracajá) principalmente no período de reprodução, por meio de pesquisa, monitoramento e educação ambiental.
No Tocantins, o projeto é realizado na área de entorno do Parque Nacional do Araguaia a mais de 20 (vinte) anos e os esforços empenhados no sentido de proteger e manejar as espécies, especialmente na época de reprodução, considerada crítica por ser justamente esse o período em que os animais se tornam mais vulneráveis à predação natural e antrópica promoveram a soltura de mais 900 mil filhotes.
Apesar do grande número de filhotes, a taxa de mortandade nos primeiros anos de vida é extremamente alta, por isso há muito que ser feito para evitar a diminuição das populações e melhorar as condições de sobrevivência desses quelônios.
Neste ano os trabalhos serão desenvolvidos em onze praias do Rio Javaés (Braço Menor do Rio Araguaia) e consistem na vigilância e limpeza das praias, localização e identificação dos ninhos, controle da eclosão, confinamento de filhotes para endurecimento da carapaça e soltura de filhotes. Paralelamente serão desenvolvidos trabalhos de educação ambiental, fiscalização e diversas pesquisas. Vale ressaltar que a instrução normativa nº 49/2005 do Ministério do Meio Ambiente, proíbe, na época de eclosão, a pesca na área do Rio Javaés onde é desenvolvido o projeto. (Gláucia Mendes/ Ibama)