Ronaldo apóia Copa do Mundo não-poluente

O jogador brasileiro Ronaldo, atacante do Real Madrid, e o francês Zinédine Zidane, ex-jogador do Real Madrid, fizeram nesta segunda-feira uma declaração conjunta de apoio a um projeto para diminuir a poluição na África do Sul até a próxima Copa do Mundo, em 2010. O país será a sede da competição e, por isso, pretende construir uma rede de transporte público que utilize formas alternativas de energia para substituir os automóveis particulares na locomoção dos torcedores e atletas.

“A Copa do Mundo da FIFA é um palco para as habilidades e o talento dos melhores jogadores e times do mundo. Mas é também uma oportunidade real para mostrar os talentos de engenheiros, arquitetos e profissionais responsáveis pelo planejamento da cidade e suas soluções para um planeta mais limpo e justo”, diz a declaração.

Esta será a primeira vez que um país africano sedia o maior evento esportivo do mundo, no qual são esperados cerca de 300 mil visitantes. “Esperamos que a realização do projeto cumpra o papel de fazer da próxima Copa do Mundo da FIFA um evento mais saudável, prazeroso e inclusivo. E que sirva, ao mesmo tempo, como um meio para o desenvolvimento do transporte público da África e dos países em desenvolvimento”, disseram os dois jogadores, que são também Embaixadores de Boa-Vontade do PNUD.

O transporte na África do Sul é responsável por 24% do consumo total de energia do país, de acordo com o governo sul-africano. Estima-se que o número de carros circulando crescerá até 64% em 2020.

O projeto apoiado pela dupla, chamado Transporte Público Sustentável e o Esporte: Uma Visão Ecoamigável, foi o foco da abertura da assembléia do GEF (sigla em inglês para Fundo para o Meio Ambiente Mundial) — a maior fonte de financiamento de projetos ambientais do mundo. A proposta para a Copa está sendo submetida pelo governo sul-africano ao GEF, por meio do PNUD. A assembléia, que acontece na Cidade do Cabo até quarta-feira, reúne representantes de todos os países-membros do fundo.

“Este projeto é sobre muito mais que a mobilidade de jogadores de futebol e torcedores”, disse o administrador-adjunto do PNUD, Ad Melkert, que participa da conferência do GEF. “Ele vai deixar um legado duradouro, com a África do Sul assumindo a liderança em diminuir consideravelmente a poluição, que atualmente sufoca muitos países pobres”, completou.
(Fonte: PNUD Brasil)