A poluição na China custou ao governo de Pequim 3,05% do PIB – Produto Interno Bruto em 2004, ou seja, US$ 64,3 bilhões, segundo um relatório governamental divulgado pela agência Xinhua.
Este é o primeiro relatório que fornece números concretos sobre as conseqüências do desenvolvimento chinês, que a China começou a medir em uma fórmula que chama de “PIB Verde”.
O anúncio foi feito pela Administração Estatal de Proteção Ambiental e pelo Escritório Nacional de Estatísticas, responsáveis por parte das diretrizes do 11º Plano Qüinqüenal (2006-2010) do governo chinês, que defende um desenvolvimento mais sustentável. A “economia nacional verde”, como é chamada no documento, foi calculada reduzindo do PIB o custo total dos recursos naturais e da degradação ambiental que o país sofreu, devido ao crescimento econômico.
As autoridades reconhecem, no entanto, que estes números poderiam ser provisórios, já que “isto é apenas o início de nossos esforços para calcular o PIB Verde”. O subdiretor da entidade ambiental, Pan Yue, ressaltou que “a fórmula ainda não está completa e o governo trabalha para melhorá-la”.
Para colocar a poluição em números, levam-se em conta cinco tipos de recursos naturais: a terra, os minerais, as florestas, a água e a pesca; além de dois tipos de degradação ambiental: a poluição ambiental e o dano ecológico.
No relatório deste ano, as autoridades não levaram em conta o custo da poluição nas águas subterrâneas ou na terra devido, segundo Pan, “às limitações tecnológicas” do organismo, que só conseguiu medir 10 das 20 metas que tinha.
Os números poderiam ser, portanto, maiores. Pan reconhece que, “se os fatores forem levados em conta, se pode imaginar a seriedade do prejuízo causado pela poluição”.
A poluição da água custou à China US$ 36 bilhões, a do ar, US$ 27,65 bilhões e os acidentes ambientais e os resíduos sólidos, outros US$ 717 milhões. (Efe/ Estadão Online)