A UFGO – Universidade Federal de Goiás é a quarta instituição pública de ensino superior a criar, em 2006, curso de licenciatura intercultural para formação de professores indígenas. As outras são as universidades federais de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte (MG), e da Grande Dourados (UFGD), em Dourados (MS), e a Estadual do Amazonas (UEAM), em Manaus (AM).
A primeira turma da UFGO será formada por 60 professores dos Estados de Goiás e do Tocantins pertencentes aos povos carajá, apinajé, javaé, xerente, guarani e timbira que habitam a região do Araguaia (TO). O curso foi organizado pelo Departamento de Letras da UFGO, mas será desenvolvido em parceria com a Universidade Federal do Tocantins e com o apoio financeiro das secretariais de Educação dos dois Estados, e da Funai – Fundação Nacional do Índio. Entre os professores selecionados para a primeira turma, 11 são de Goiás e 49, do Tocantins.
De acordo com a coordenadora do curso, Maria do Socorro Pimentel da Silva, a licenciatura tem duração de cinco anos, de janeiro de 2007 a 2011, dividida em módulos que serão oferecidos em Goiânia (GO), sede da universidade, nos meses de janeiro/fevereiro e julho/agosto, e em pólos nas aldeias.
Nas férias escolares, os professores indígenas vão à UFGO e, durante o ano letivo, os professores da universidade vão às aldeias acompanhar a vivência da escola indígena.
O coordenador de Educação Escolar Indígena da Secad/Med – Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, Kleber Gesteira, informa que 870 professores indígenas estão hoje em cursos de formação superior oferecidos por universidades públicas. Destas instituições, três são federais: a Universidade Federal de Roraima tem 180 professores em formação; UFMG, 140; UFGD, 60. Três são instituições estaduais: a Universidade do Estado de Mato Grosso tem 100 professores (e já formou 200); Universidade do Estado do Amazonas, 250; Universidade de São Paulo, 80. (Estadão Online)