Vinte cinco países, incluindo o Brasil, entregaram na quarta-feira (01) uma carta de protesto ao governo da Islândia contra a retomada da caça comercial de baleias anunciada pelo país. A carta afirma que a Islândia deve respeitar a moratória global em relação à caça e reverter sua medida “desnecessária”, tomada em outubro.
O governo islandês, que afirmou ter recebido apoio de outros países na decisão, autorizou a caça de 30 baleias minke e nove baleias fin, alegando que este é um número sustentável.
O país nórdico é o segundo, depois da Noruega, a anunciar que iria caçar baleias com fins abertamente comerciais desde a imposição da moratória global, em 1986.
Há pouco mais de uma semana, uma organização pró-caça anunciou que a Islândia já havia capturado uma baleia fin com objetivos comerciais.
Opiniões divididas – “Esta ação unida (o envio da carta) mostra a profundidade do sentimento e a preocupação, não apenas da Grã-Bretanha, mas em todo o mundo, a respeito desta atividade cruel e abominável”, disse o ministro de Negócios Marítimos britânico, Ben Bradshaw.
“O protesto de hoje (quarta-feira) deixa a Islândia sem dúvidas a respeito da força do sentimento contra sua decisão de se colocar à margem de um acordo internacional para paralisar a matança de baleias. Causou um grande dano à sua reputação e imagem.”
O comissário de caça à baleia da Islândia, Stefan Asmundsson, disse à BBC que o país não estava muito preocupado.
“Sempre soubemos que há opiniões divididas quando se trata da caça à baleia. A reação foi dividida e temos recebido o apoio de nações que concordam que a utilização de baleias em uma base sustentável é algo razoável”, disse.
“Tivemos protestos diplomáticos antes, a outras nações envolvidas com a caça a baleias, mas isto não resultou em rompimento de relações diplomáticas”, acrescentou. (BBC Brasil/Folha Online)