IBAMA/RS vai realizar barreiras de fiscalização do mexilhão dourado

Em reunião realizada nesta sexta-feira (1º/12) na sede do IBAMA/RS foram definidas diversas ações para serem desenvolvidas em todo o Estado, como parte do programa de monitoramento do mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei). Neste fase, o principal alvo da fiscalização serão os barcos de pesca -em especial os de pequeno porte-,pois estes são considerados um dos maiores propagadores do molusco, que sobrevive um longo período fora da água e (na fase larval) não pode ser visto a olho nu. Além disso, pode ser transportado no casco de embarcações e reboques, bem como em partes não visíveis do motor, âncoras, redes e outros materiais de pesca, conforme explica a consultora do IBAMA, bióloga, Daniela Gelain.

Segundo ela, “o mexilhão dourado não nada, somos nós que o transportamos por descuido ou desinformação”. Em razão dessa operação de fiscalização, participaram do encontro, fiscais, analistas ambientais e as chefias dos escritórios do IBAMA de Bagé, Rio Grande, Tramandaí, Uruguaiana, Passo Fundo e Santa Maria, que deverão promover uma série de barreiras com o objetivo de fiscalizar estas embarcações.

O analista ambiental Fábio Faraco, do Núcleo de Fauna do IBAMA/RS afirma que este (o controle do mexilhão dourado) é um problema de toda a sociedade e, que esta deve fazer sua parte na tarefa de evitar a propagação do molusco, originário da China e que chegou em águas brasileiras em 1998, se espalhando rapidamente.

O método de fiscalização definido pelos técnicos será, nesta fase, a implementação de barreiras.Todas as embarcações e reboques serão vistoriados nas barreiras, promovidas nas estradas, cujos locais serão definidos e, posteriormente divulgados pelo IBAMA. Nas embarcações onde for identificado o mexilhão-dourado, o proprietário dever ser notificado e orientado a realizar a limpeza da embarcação. Eles receberão uma cartilha com orientação de procedimentos para evitar a propagação do molusco e um Kit para limpeza dos barcos, contendo água sanitária, luvas, pano, balde, espátulas e sacos de lixo no próprio local da barreira. O principal objetivo das atividades é divulgar as informações corretas de como evitar a infestação de novas áreas.Mas caso se recuse a realizar a limpeza, o proprietário será autuado e a embarcação deverá ser apreendida.
(Fonte: Ascom Ibama/RS)