População de ursos polares está em declínio

O número de ursos polares em declínio aumentou de um em 2001 para cinco em 2006, segundo alerta da Organização Não-Governamental WWF. Como ao redor do mundo existem somente 19 populações de ursos polares, este declínio representa mais de um quarto da população da espécie.

O declínio indica que todo o Ártico está sob imenso risco como resultado das mudanças climáticas. O aquecimento da região é mais do dobro do apresentado no resto do mundo e a projeção é de que o gelo marinho dali desapareça durante o verão, antes do final deste século. Por dependerem desta “terra” formada pelo gelo, os ursos polares enfrentam sérios problemas de caça e se reprodução.

“O que segurava firmemente o urso polar no Ártico está escorregando e desaparecendo”, disse o chefe de conservação do Programa Ártico Internacional da WWF, Stephan Norris.

Segundo o recém publicado relatório do Grupo Especialista em Urso Polar da União Mundial para Conservação (IUCN na sigla em inglês), as duas sub-populações de urso polar mais bem estudadas no mundo, a população do oeste da Baía de Hudson no Canadá, e a população do sul do Mar de Beaufort (EUA/Canadá), declinaram respectivamente 22% e 17% ao longo das duas últimas décadas.

As outras três populações em declínio estão na Baía de Baffin e Kane Basin (entre a Groelândia e o Canadá), e na Baía norueguesa no Canadá.
Morris alerta que as mudanças climáticas estão derretendo o gelo que segura a vida do urso pelo pés. E a notícia é ruim também para outras espécies Árticas e para o modo de vida tradicional das pessoas nativas que dependem dele.

“A estabilização do clima é a principal ação de conservação dos ursos polares agora”, disse o presidente do Grupo Especialista em Urso Polar do IUCN, Andrew Derocher.

Descobertas de afogamento, canibalismo, números crescentes de ursos ‘problemáticos’ (procurando comida nos arredores de comunidades Árticas) foram relatados em muitas áreas. Estas observações são condizentes com as alterações previstas devido às mudanças climáticas.

As descobertas do relatório fizeram a WWF expedir um chamado de urgência para governantes ao redor do mundo reduzir suas emissões de dióxido de carbono, a causa do dramático aquecimento do Ártico. (WWF/ Carbono Brasil)