O primeiro plano internacional para tentar acabar com a pesca excessiva de atum foi aprovado nesta sexta-feira, 26, por representantes de 60 países, em uma reunião no Japão.
A proposta, que reconhece a “necessidade crítica de interromper a queda dos estoques (…) e manter e reconstruir os estoques de atum em níveis sustentáveis”, prevê um melhor monitoramento dos cardumes e mais coordenação entre as regiões pesqueiras.
Entre as medidas previstas no esforço coordenado estão o acompanhamento do tamanho dos peixes para captura e o compartilhamento de mais informações a respeito de navios que pescam o peixe ilegalmente, para reprimir essa prática.
O Japão, que sediou a reunião de cinco dias, consome 25% do atum pescado no mundo, e um aumento na popularidade da comida japonesa teve um impacto ainda maior sobre os cardumes.
“Talvez as medidas que tomamos nesta semana pareçam pequenas, mas este é um grande passo, um passo histórico”, disse Masanori Miyahara, da Agência de Pesca do Japão.
“Ações concretas” – No entanto, grupos conservacionistas afirmam que as medidas não são o bastante, afirmando que a dramática queda nos estoques de atum ocorre devido à pesca desregulamentada e cotas insustentáveis.
A ONG WWF (Fundo Mundial para a Natureza) afirmou que os delegados não conseguiram chegar a um acordo a respeito de “ações concretas”.
“O único acordo foi levantar mais informações e se reunirem com mais freqüência”, afirmou a organização em sua página na internet.
“A WWF acredita que esta falta de ação vai resultar em mais esgotamento das populações de atum, degradação dos oceanos, a perda de atum comestível e, por fim, a perda do sustento de famílias no mundo inteiro.”
Os estoques de algumas espécies de atum diminuíram 80% nos últimos 30 anos. (BBC Brasil/ Estadão Online)