Com cerca de 200 km, a Transiriri começou a ser construída na década de 60 para apoiar a atividade de mineração no estado. “Saia no município de São Félix e atravessava o Rio Xingu indo em direção à Terra do Meio. Foi expandida principalmente pela indústria ilegal de mogno, na década de 80”, explica o engenheiro florestal do Greenpeace, Marcelo Marquezini, em entrevista à Rádio Nacional da Amazônia.
Segundo ele, em 2002, o Imazon – Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia mapeou 20 mil quilômetros de estradas ilegais na Terra do Meio. A Transiriri já era apontada como um dos principais pontos de entrada para estradas ilegais. “Atrás dos madeireiros vieram então os grileiros, se apossando de terras. Transformaram em fazendas e passaram a comercializar. Também pequenos agricultores aproveitaram a estrada para conseguir o seu pedacinho de terra.”
O engenheiro florestal do Greenpeace reivindica ainda a reabertura da base operativa do Ibama – Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis na região do Xingu. “É interessante que no no Plano Nacional de Combate ao Desmatamento, o governo colocou no Xingu uma base operativa do Ibama. Ela funcionava esporadicamente e hoje está fechada.” (Clara Mousinho/ Agência Brasil)