Na solenidade de inauguração, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse que o Centro só será “realmente de excelência” se conseguir unir a sabedoria das populações da Amazônia com os avanços da tecnologia, para que não sejam repetidos os mesmos erros do passado.
“É preciso que tenhamos a consciência da necessidade de se buscar uma forte parceria, sobretudo com as comunidades. Se nós formos capazes de saber juntar o melhor da tradição com o melhor da modernidade, teremos um centro de excelência. E se, além desta união, nós formos capazes de criar um processo que assegure controle e participação social das informações produzidas, estaremos alimentando não apenas uma empresa importante estrategicamente para país, mas todo um país, toda uma região e todo o processo civilizatório que não aceita mais fazer as coisas às escuras”, afirmou a ministra.
Na avaliação da Petrobras, o Centro poderá contribuir para a redução dos riscos associados a intervenções da indústria do petróleo na Amazônia. O gerenciamento está a cargo de uma comissão integrada por representantes da área de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da estatal; do Cenpes – Centro de Pesquisas e Desenvolvimento; e da Gerência de Responsabilidade Social.
A programação de lançamento do centro teve início na Refinaria Isaac Sabbá, com a simulação de um vazamento de petróleo que usou pipoca no lugar no óleo no Rio Negro – em quantidade equivalente a 1.300 litros de óleo, represado por barreiras em PVC de 18 polegadas e bombeado para uma balsa, onde ocorre o reprocessamento.
O gerente geral de Pesquisa e Desenvolvimento de Gás, Energia e Desenvolvimento Sustentável do Cenpes, Ricardo Castelo Branco lembrou que instituições estrangeiras querem investir no projeto, além dos recursos da Petrobras: “Isso é pesquisa na Amazônia, feita por instituições brasileiras e financiada por uma instituição brasileira. E facilitará o conhecimento e a melhoria de um ecossistema extremamente complexo”.
Ele acrescentou que o projeto visa ao conhecimento “minucioso das características da parte viva, desde a vegetação até outros seres, além das formas de subsistência das comunidades da região”. (Nielmar de Oliveira/ Agência Brasil)