A Administração Florestal chinesa, responsável pelo programa de conservação dos pandas, anunciou que os indivíduos que forem libertados, além de tatuados, vão receber um chip sob a pele e ter uma amostra de DNA colhida.
Segundo o “Diário da Juventude”, os pandas ganharão uma tatuagem de não mais que três centímetros com um “número de série” indicando a origem do animal e seus progenitores.
Os responsáveis pelo programa de conservação asseguraram que a tatuagem não causará nenhum dano aos órgãos internos do urso panda, um símbolo chinês.
O chip, que já foi testado anteriormente, será colocado na altura da nuca e emitirá sinais de rádio que poderão ser identificados por aparelhos dos tratadores.
As tatuagens, os chips e as amostras de DNA serão a carteira de identidade de mais de 200 indivíduos que as reservas chinesas mantêm em cativeiro. Atualmente há cerca de 1.600 indivíduos em liberdade.
A destruição do habitat do panda – as florestas de bambu nas montanhas do oeste da China – fez o animal se isolar em pequenas comunidades nas quais, com o tempo, se tornou comum a endogamia.
Com isso, nasceram muitos exemplares estéreis ou com problemas de reprodução, agravando o problema.
Xiang Xiang, o primeiro panda em cativeiro libertado pelos cientistas chineses, morreu em fevereiro deste ano, apenas um ano depois de ter sido solto. Aparentemente, o animal perdeu a vida ao sofrer uma queda, embora também tenham sido encontrados sinais de que o urso foi atacado por outros indivíduos de sua espécie.
A morte, uma triste notícia para o programa de conservação, criou dúvidas sobre a possibilidade de os pandas nascidos em cativeiro conseguirem sobreviver soltos na selva. Por essa razão, os cientistas decidiram aumentar as medidas de controle e localização dos ursos que forem libertados a partir de agora. (Folha Online)